Aviação arrasta Wall Street. American Airlines afunda 13%

Principais bolsas norte-americanas perdem mais de 3% numa altura de forte volatilidade. Investidores tentam avaliar o impacto do surto de coronavírus na economia global.

As companhias aéreas lideram as perdas em Wall Street, com o novo coronavírus a ameaçar os lucros das empresas do setor. Numa altura de forte volatilidade em que os investidores estão a tentar avaliar o impacto do surto, as principais praças norte-americanas fecharam com perdas superiores a 3%.

O índice industrial Dow Jones afundou 3,58% para 26.121,69 pontos, enquanto o financeiro S&P 500 tombou 3,39% para 3.024,14 pontos e o tecnológico Nasdaq desvalorizou 3,1% para 8.738,60 pontos. As fortes perdas seguem-se a uma sessão de ganhos, sendo que a forte volatilidade tem sido a maior constante.

“Não há forma de enquadrar ou colocar num modelo o que está a acontecer porque simplesmente não sabemos fazê-lo”, disse Carol Schleif, deputychiefinvestmentoffice da Abbot Downing, à Reuters. “Os mercados estão claramente a negociar com base nas emoções e não em fundamentos porque não conseguem alicerçar fundamentos“.

Há mais de 97 mil infetados por todo o mundo, dos quais mais de três mil morreram. Nos EUA, morreram 11 pessoas e há várias cidades em estado de emergência. Algumas das maiores empresas decretaram que os trabalhadores fiquem em casa, como é o caso da empresa-mãe da Google, Alphabet. Em bolsa, a gigante tecnológica perdeu 4,84% para 1.314,76 dólares.

Mas são as companhias aéreas que estão a ser especialmente penalizadas após um aviso da International Air Transport Association sobre o potencial impacto da epidemia nas vendas de viagens de avião. A estimativa da associação aponta para uma quebra de 113 mil milhões de dólares nas receitas das companhias. A American Airlines afundou 13,44%, a Delta Air Lines caiu 7,20%, a Southwest Airlines perdeu 3,58% e a Spirit Airlines desvalorizou 18,22%.

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