Choque entre Montepio e PwC atrasa fecho das contas de 2019
Esta quinta-feira à noite, o conselho geral da dona do Montepio ainda não tinha recebido as contas de 2019, nem o parecer do auditor. Responsável da PwC esteve em Lisboa a tentar desbloquear impasse.
O choque entre a Associação Mutualista Montepio Geral e a PwC atrasou o fecho das contas de 2019 da dona do Banco Montepio. Pelas 20h00 desta quinta-feira, a menos de 12 horas do início da reunião do conselho geral desta sexta-feira, os conselheiros ainda não tinham recebido o relatório do exercício do ano passado nem o parecer da auditoria, noticiou o Público (acesso condicionado).
Em causa, como noticiou o ECO, está o facto de a PwC, que audita as contas da associação, exigir à mutualista que reveja em baixa o valor do Banco Montepio e das seguradoras para valores próximos dos de mercado. A associação contesta, para evitar um défice de 1.000 milhões de euros que ameaça expor que a instituição está em falência técnica.
Ora, está marcada para as 10h00 desta sexta-feira a reunião do conselho geral do Montepio, pelo que o atraso deverá dificultar uma análise aprofundada às contas da Associação.
Segundo o jornal, o responsável das operações europeias da PwC veio de Londres a Lisboa na última semana, para ajudar a desbloquear o impasse. O caso é especialmente sensível também para a PwC, que foi visada nas denúncias dos Luanda Leaks e pretende, assim, evitar ser acusada de falta de escrutínio como auditora do Montepio.
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