Consumo de TV dispara 40%. Audiência dos espaços de informação cresce com a pandemia

O consumo de televisão na segunda quinzena de março disparou 40% para mais de sete horas diárias por pessoa, segundo dados revelados pela TVI. Canais informativos "roubaram" audiência a generalistas.

A pandemia do coronavírus forçou milhões de portugueses a ficarem em casa, o que levou a um disparo no consumo de televisão em Portugal. Os números não deixam margem para dúvidas: na segunda quinzena de março, o crescimento do consumo de televisão foi de 40% face ao mesmo período do mês anterior.

“Este foi um mês histórico no consumo de televisão. Devido à quarentena a que os portugueses se viram forçados a fazer, registou-se na segunda quinzena um aumento significativo de 40% [no consumo de televisão] face ao mês anterior, a que corresponde um consumo de sete horas e sete minutos por dia, por pessoa”, revelou a Media Capital, dona da TVI, num comunicado.

Também a Impresa destacou este crescimento no consumo de televisão portuguesa, salientando que “desde meados de março de 2020” se assiste “a um aumento significativo no consumo de notícias nos canais de informação portugueses”. Um crescimento que a dona da SIC atribui à pandemia do coronavírus que também assola Portugal, à semelhança da maioria dos países do globo.

O mês de março terminou com a SIC na liderança, tendo alcançado um share de 19,7%, ainda assim inferior aos 20,6% alcançados no mês de fevereiro. A TVI passou de 14,2% em fevereiro para 13,3% em março, enquanto a RTP1 recuou de 13,1% para 12,1% em março, segundo dados da GfK/CAEM. Mas estas descidas de quota de audiências têm uma justificação: a subida das audiências nos canais informativos e outros.

Num comunicado, a Impresa garante que a “SIC Notícias registou os melhores resultados de sempre em vários dias do mês e terminou este mês de março com 3,4% de share e um número médio de telespetadores de 84 mil indivíduos”. Foi “o melhor mês de sempre do canal”. Já o share da TVI 24 foi de 2,2% em março, com o grupo Media Capital a destacar, ainda assim, que no canal generalista foram emitidas “mais de 170 horas” de “conteúdos informativos”.

Os dados agora divulgados pelas televisões vão ao encontro da informação que já tinha sido transmitida pela Marktest a 27 de março. A sondagem desta empresa destacou também o aumento da audiência média do total de televisão, sobretudo nas últimas semanas de março, apesar de o tempo médio diário de publicidade ter afundado, um fenómeno explicado pelo menor apetite dos anunciantes por causa da crise económica que se avizinha, mas também pelo aumento do espaço da grelha dedicado à informação.

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