Trump anuncia novo acordo entre Rússia e Arábia Saudita. Petróleo dispara quase 30%

Presidente dos EUA disse no Twitter que falou com o príncipe da Arábia Saudita e poderá haver um novo acordo prestes a ser fechado.

Arábia Saudita e Rússia poderão estar prestes a chegar a um novo acordo petrolífero, apenas dois dias depois de ter chegado ao fim a anterior estratégia conjunta. O anúncio foi feito pelo presidente dos EUA, Donald Trump, no Twitter e está a causar fortes valorizações do petróleo. Sobe quase 30%.

“Acabei de falar com o meu amigo príncipe da Arábia Saudita, que falou com o presidente Putin, da Rússia e espero, e desejo, que eles reduzam aproximadamente 10 milhões de barris ou mesmo substancialmente mais, o que a acontecer, será ótimo para a indústria do petróleo e gás”, escreveu na rede social.

Logo após o tweet, o preço do petróleo começou a subir nos mercados internacionais. O WTI, no mercado norte-americano, avança 28,5% para 26 dólares por barril, sendo que desde meados de março que o barril negoceia próximo da barreira dos 20 dólares. Já o Brent de referência europeia valoriza 24%, tendo já chegado a tocar os 36 dólares por barril, valor que não tocava desde 16 de março.

Trump já tinha falado recentemente com os líderes da Rússia e da Arábia Saudita. E acredita, agora, que os dois países chegarão a um acordo “dentro de alguns dias” no sentido de terminarem a guerra de preços no mercado petrolífero, ou seja, permitindo um corte de produção que desse estabilidade aos preços.

A Arábia Saudita e a Rússia — dois dos maiores produtores do mundo — entraram num conflito que pôs fim à estratégia conjunta que estava em vigor há mais de três anos. Esse acordo limitava a produção de cada um com o objetivo de limitar o excedente do mercado e manter a estabilidade dos preços.

Petróleo dispara nos mercados internacionais

Em simultâneo, a pandemia de Covid-19 está a causar uma queda a pique na procura. Com 3,5 mil milhões de pessoas a viver em confinamento a nível global, a Agência Internacional de Energia estima uma quebra de consumo até 20 milhões de barris por dia.

A conjugação de choques do lado da oferta e da procura foi uma das principais causas para o tombo do petróleo nas últimas semanas. Tanto o Brent como o crude WTI afundaram para mínimos de 18 anos e houve mesmo regiões, como o Canadá ou a Rússia, onde o preço chegou a estar abaixo dos 10 dólares.

O mercado esperava, por isso, esta intervenção dos EUA, apesar de o resultado ainda não ter sido comunicado pelos próprios. Apesar disso, numa reunião do governo na quarta-feira, Putin defendeu que tanto os produtores como os consumidores de petróleo deveriam procurar encontrar uma solução que melhore a situação “desafiadora” dos mercados globais da matéria-prima.

(Notícia atualizada às 16h10)

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