Cerca de 25% do total do crédito à habitação do Santander já aderiu à moratória

Cerca de um quarto do total do crédito à habitação existente no Santander já aderiu à moratória do Governo que visa permitir às famílias portuguesas suspender o pagamento das prestações durante o período da pandemia. O número foi avançado por Pedro Castro e Almeida, CEO do banco, que tem a expectativa de que esse valor venha a subir ainda mais.

“Neste momento, do total do crédito à habitação, cerca de quase 25% do crédito já aderiu à moratória“, afirmou Pedro Castro e Almeida durante a Grande Conferência Web – Liderança à Prova, organizada pelo Jornal de Negócios, referindo-se à moratória aprovada a 26 de março pelo Governo e que permite a suspensão das prestações da casa, durante seis meses até final de 30 de setembro, às famílias afetadas por perda de rendimento que resultem diretamente dos efeitos da pandemia.

E a expectativa do CEO do Santander é de que esse valor venha a subir ainda mais. “Acredito agora que com uma redução também dos salários no mês de abril, vamos ter mais clientes a aderir à moratória”, antecipa, antevendo um cenário semelhante para a moratória privada que está a ser trabalhada pela banca, considerando que esta “é muito menos burocrática também e que acho vai facilitar muito”.

Segundo o CEO do Santander e em linha com o que já avançado por Faria de Oliveira, presidente da Associação Portuguesa dos Bancos, a moratória privada da iniciativa da banca “vai sair no final da semana”, defendendo que esta “vai bastante mais longe” face à moratória pública aprovada no final do mês de março.

Uma das principais novidades desta moratória privada é o facto de para além do crédito à habitação, também abranger o crédito ao consumo.