Critério para reabrir comércio “não pode ser a dimensão das lojas, tem de ser a segurança”, diz APED
O diretor-geral da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição defende que se deve aproveitar o exemplo do retalho alimentar, que se manteve aberto com regras de segurança e acesso às lojas.
O diretor-geral da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) defende que o critério para a abertura do comércio, no regresso à atividade no país, “não pode ser a dimensão das lojas, tem de ser a segurança”. As declarações surgem no seguimento do plano do Governo, que prevê uma abertura do pequeno comércio primeiro e só depois das grandes superfícies.
Gonçalo Lobo Xavier reitera que a associação também quer que o pequeno comércio volte à atividade, mas sublinha que “não há nada que indique que uma loja de 200 metros quadrados tenha mais segurança que uma de 800 metros quadrados”, em entrevista à RTP3. O diretor-geral da APED exemplifica com o caso alemão, onde “as lojas com menos de 800 metros quadrados estão abertas desde 20 abril”.
“É preciso abrir a economia, entrar lentamente num novo normal para recuperarmos as empresas, senão cada dia que passa é um dia perdido”, aponta Gonçalo Lobo Xavier, defendendo que tal pode ser feito “se forem cumpridas as regras de segurança, se for acautelada a segurança dos trabalhadores e da população em geral”.
O diretor-geral da APED sinaliza ainda que o retalho especializado, que contempla, por exemplo, a venda de marcas têxteis, calçado, eletrónica, mobiliário e brinquedos, tem “cerca de 40 mil trabalhadores e a grande maioria está parada”.
Para regressar à atividade nestas áreas, poderá ser utilizado o conhecimento obtido no retalho e distribuição alimentar, que se manteve aberto e “com regras de segurança e acesso às lojas que funcionaram bem”, aponta. O Governo prevê uma reabertura da economia de forma gradual no início de maio, começando pelo pequeno comércio de bairro, nomeadamente os cabeleireiros e barbeiros.
Centros comerciais querem reabrir lojas no final do estado de emergência
A Associação Portuguesa de Centros Comerciais (APCC) defende que as lojas dos shoppings também deveriam poder abrir ao mesmo tempo que o comércio de rua, no final do estado de emergência. Os centros comerciais têm-se mantido em funcionamento apenas com as lojas de bens de primeira necessidade e serviços considerados essenciais pelo Governo.
“Entendemos que o Governo deve contemplar os lojistas dos Centros Comerciais na lista dos que, logo que termine o estado de emergência, serão autorizados a reabrir. Seria uma contradição e um dano adicional para os lojistas não serem autorizados a abrir quando as mesmas atividades fora dos centros comerciais vão retomar a sua atividade”, defende António Sampaio de Mattos, presidente da APCC, citado em comunicado.
A associação destaca que, “no interior dos centros comerciais, as normas de segurança, higienização, controlo da lotação e distanciamento social são cumpridas e supervisionadas por equipas especializadas a todo o instante”.
(Notícia atualizada às 12h50)
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