“Segurança Social não falhou” no lay-off. Houve “crescimento avassalador” de pedidos

O ministro da Economia defendeu esta quinta-feira no Parlamento a Segurança Social e considera que esta "não falhou".

“A Segurança Social não falhou”. A garantia foi dada pelo ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, num debate sobre o relançamento da economia que ocorreu esta quinta-feira no Parlamento.

“Ao nível do lay-off simplificado, o final de março assumimos aqui a ideia de que seria possível até ao final de abril assegurar o pagamento dos pedidos de lay-off que chegassem até esse momento. A Segurança Social não falhou. O que sucedeu é que a todos os pedidos entrados até 10 de abril serão pagos até 5 de maio. Já foram pagos em 24 de abril, 28 de abril, hoje mesmo e em 5 de maio também”, explicou o ministro da Economia.

Siza Vieira referiu que, tal como mostram os dados, houve “um crescimento avassalador dos pedidos de lay-off“, o que terá tornado essa tarefa mais difícil de concretizar. “Neste momento, já 600 mil portugueses receberam apoios do Estado” e “150 milhões de euros chegaram à tesouraria das empresas, trabalhadores independentes e pais em assistência aos filhos“, adiantou.

De seguida, Siza Vieira elogiou a Segurança Social por ter conseguido processar isto tudo num curto espaço de tempo: “Este trabalho muito difícil em muito curto espaço de tempo que a Segurança Social conseguiu montar foi muito decisivo”, acrescentou, referindo que “os funcionários da Segurança Social excederam-se, trabalhando dia e noite“.

“Sabemos que não conseguimos processar tudo até ao final do mês, reconhecemos isso, mas queria deixar um louvor aos funcionários que estão a tentar estar à altura das responsabilidades do momento”, reconheceu.

Esta foi a reação do ministro da Economia às críticas dos partidos e às notícias que dão conta de atrasos. Segundo o Correio da Manhã desta quinta-feira, que cita a bastonária da Ordem dos Contabilistas, terá existido milhares de casos de empresas que viram os pedidos de lay-off recusados, mesmo reunindo todos os requisitos necessários. A Ordem acusa a Segurança Social de não ter tido capacidade para “processar devidamente todos os processos que foram enviados”.

Mais tarde, mesma bastonária, Paula Franco, alertou que uma falha informática na Segurança Social está a impedir os recibos verdes de pedir o apoio extraordinário esta quinta-feira, o último dia que têm para o fazer.

Na quarta-feira, Siza Vieira tinha admitido que o Governo defraudou as expectativas dos empresários. “Os pedidos que entraram depois [de 10 de abril] foi virtualmente impossível à máquina da Segurança Social conseguir processar todos e assegurar os pagamentos nas datas que originalmente gostaríamos de ter feito”, disse Pedro Siza Vieira, em entrevista ao programa Negócios da Semana, na SIC Notícias.

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