Mais mulheres que homens em assistência à família, lay-off ou sem atividade
Estudo da Universidade Católica revela que, entre 6 e 11 de maio, dos 4% de trabalhadores que estavam em assistência à família, 13% em lay-off e 10% sem atividade, a maioria são mulheres.
Um estudo da Universidade Católica revelou esta quinta-feira que, entre 6 e 11 de maio, dos 4% de trabalhadores que estavam em assistência à família, 13% em lay-off e 10% sem atividade, a maioria são mulheres.
De acordo com a segunda parte do estudo “Covid-19 e os Portugueses – A vida em tempo de quarentena”, realizado pelo Centro de Estudos e Sondagens de Opinião (CESOP) da Universidade Católica Portuguesa para a RTP, a Fundação Francisco Manuel dos Santos, a Católica Lisbon e a Universidade Católica Portuguesa, entre os dias 6 e 11 de maio, 42% dos portugueses que estavam a trabalhar antes da crise estavam nos locais de trabalho a tempo inteiro, 7% a tempo parcial, 16% estavam em teletrabalho (em abril eram 23%), 4% em assistência à família, 13% em lay-off 8% desempregados e 10% disse estar sem atividade.
“Elas, mais do que eles, na assistência à família, em lay-off e sem atividade. Eles, mais do que elas, a manter as mesmas funções nos mesmos locais”, concluiu o estudo.
A maior parte dos inquiridos (84%) imagina-se com trabalho no curto/médio prazo, mas 7% julgam que vão estar desempregados ou sem atividade.
Quanto às competências digitais, 52% admitiu sentir-se preparado para trabalhar num mundo mais digital, porém, 19% disse estar impreparado, sendo que, desses, 57% corresponde a pessoas com escolaridade inferior ao 3.º ciclo.
Mais de 1/3 dos inquiridos (38%) disse ter agora rendimentos do agregado inferiores ao que tinham antes da crise, com a maior parcela de agregados com perda de rendimento a pertencer aos mais pobres: 43% dos agregados com rendimento mensal até 1.000 euros, 41% entre 1.001 e 2.500 euros mensais e 21% em agregados que auferem mais 2.500 euros por mês.
Também 70% dos empresários em nome individual e trabalhadores independentes admitiram sentir perda de rendimentos no agregado, bem como 43% dos trabalhadores por conta de outrem, 32% dos trabalhadores em teletrabalho e 35% dos que estão em trabalho presencial a tempo inteiro.
O estudo observou ainda que, neste momento, a maioria da população não tenciona fazer férias este ano fora da sua residência, com um em cada três inquiridos a responder que de certeza que não fará férias fora de casa e 20% a dizer que provavelmente não o fará.
Os destinos mais indicados pelos que admitem fazer férias fora da sua residência são a Região Norte (28% dos que pensam sair), o Algarve (27%), a Região Centro (16%) e o Alentejo (15%).
Quanto ao estado de saúde física, 25% dos inquiridos afirmam estar pior do que estavam há um mês, sendo que, desses, 28% são mulheres e 22% homens.
As maiores percentagens de indivíduos que consideram ter piorado o estado de saúde física encontram-se entre as pessoas mais novas.
Já quanto à saúde mental, 28% dizem estar pior do que estavam há um mês e, mais uma vez, a percentagem é maior nas mulheres (32%) do que nos homens (25%).
Na semana de 6 a 11 de maio, 67% dos inquiridos disse estar a sair de casa o mesmo número de vezes do que nas semanas anteriores, 23% admitiu estar a sair mais de casa e apenas 10% saiu ainda menos vezes.
Neste estudo, foram obtidos 898 inquéritos válidos, sendo 54% dos inquiridos mulheres, 34% da região Norte, 18% do Centro, 34% da A.M. de Lisboa, 6% do Alentejo, 4% do Algarve, 2% da Madeira e 2% dos Açores.
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