Costa sobre Centeno: “não há crise, mini-crise ou nanocrise”

Em causa está a polémica causada pelo pagamento de um cheque de 850 milhões de euros ao Fundo de Resolução para a injeção de capital no Novo Banco.

O primeiro-ministro António Costa rejeita que a falha de comunicação sobre o Novo Banco tenha gerado qualquer crise com o ministro das Finanças Mário Centeno. Em causa está a polémica causada pelo pagamento de um cheque de 850 milhões de euros ao Fundo de Resolução para a injeção de capital no banco.

“No há crise, mini-crise, nem nanocrise”, respondeu Costa quando questionado sobre o assunto, na conferência de imprensa que se seguiu ao Conselho de Ministros. “Como o senhor ministro das Finanças disse, não há crise, está tudo ultrapassado”, sublinhou numa referência às declarações de Centeno, acrescentando: “Há infelizmente uma crise de saúde pública e é nessa que temos de nos concentrar”.

O caso teve início na semana passada, quando António Costa prometeu no Parlamento que o Governo não daria ordem para a transferência sem estar concluída e serem conhecidos os resultados de uma auditoria em curso. No entanto, a transferência já tinha sido concretizada com a aprovação do Ministério das Finanças.

Centeno referiu que se tratou de uma “falha de comunicação” com o primeiro-ministro. E, posteriormente, disse no Parlamento que a operação não foi feita à revelia do primeiro-ministro. Costa não se pronunciou, mas Marcelo Rebelo de Sousa demonstrou o seu desagrado durante uma visita conjunta com Costa à Autoeuropa, onde disse concordar com a posição do primeiro-ministro.

Mais tarde, nesta quarta-feira, Costa e Centeno estiveram reunidos em São Bento, numa reunião que durou cerca de três horas. Depois desse encontro, o primeiro-ministro emitiu um comunicado onde “reafirma publicamente a sua confiança pessoal e política” em Centeno, garantindo que ficou esclarecida a “falha de comunicação” em torno da autorização do “cheque” para o Novo Banco.

(Notícia atualizada às 19h15)

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