Eleições? Sim, mas com distanciamento social

  • ECO
  • 18 Maio 2020

A pandemia levou a que várias atividades partidárias fossem suspensas. Com eleições à vista, os politólogos defendem a manutenção da legitimação democrática, mas seguindo as regras sanitárias.

Por causa da pandemia do novo coronavírus, várias atividades partidárias foram suspensas. Com eleições regionais do Açores (28 de setembro a 28 de outubro) e as Presidenciais (janeiro 2021) à vista, há quem sugira o adiamento destes atos eleitorais, embora os politólogos consultados pelo Público (acesso pago) defendam a sua realização mantendo-se as regras de distanciamento social e outras para travar o risco de contágio do vírus.

Para Marina Costa Lobo, investigadora do principal do Instituto de Ciências Sociais, “é fundamental manter os calendários eleitorais”, não colocando, por isso, a hipótese de serem suspensas as atividades eleitorais, a menos que “se se estiver num pico de pandemia impensável”. Lembra o facto de terem sido realizadas eleições em França já durante a pandemia e as primárias nos EUA. Contudo, alerta que a realização de eleições em época de pandemia “vai aumentar a abstenção”. Quanto ao modo como se vão proceder as campanhas, a investigadora diz que “as campanhas deixarão de ser presenciais, passarão para o ecrã”.

Já Conceição Pequito Teixeira, investigadora e professora auxiliar do Instituto Superior de Ciências Sociais, defende que “uma condição da legitimidade de eleições democráticas é a periodicidade”, pelo que estas “devem ser justas, periódicas e concorrenciais”, de forma a evitar abusos de poder. Nesse sentido, ao Público, a investigadora propõe estender as eleições “ao longo de quatro ou cinco dias”, dividindo “as pessoas por nomes para cada dia” e encontrando “formas de manter o distanciamento social”.

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