Trump acaba com otimismo nas bolsas. Lisboa perde 1%

Lisboa acompanhou o sentimento negativo que se viveu por toda a Europa, pondo fim ao entusiasmo gerado pela reabertura das economias. Ainda assim, o mês fecha positivo.

A renovação das tensões entre Washington e Pequim deitou por terra o otimismo que se vivia nas bolsas mundiais. Pela primeira vez em seis sessões a bolsa de Lisboa fechou no vermelho, com as cotadas mais expostas ao ambiente internacional a serem especialmente penalizadas.

O PSI-20 perdeu 1,14% para 4.330,67 pontos com 15 das 18 cotadas em terreno negativo. A Mota-Engil liderou as perdas, com um tombo de 5,28% para 1,148 euros por ação.

As empresas do setor do papel também pesaram no índice, com a Navigator a ceder 2,9%. Semapa e a Altri caíram mais de 4%, sendo que ambas reagiram também à apresentação de resultados. A Altri lucrou 6,8 milhões de euros nos primeiros três meses do ano (menos 81% que no mesmo período do ano passado), enquanto a Semapa viu o resultado cair 56,6% para 17,2 milhões de euros.

Entre os restantes “pesos pesados” do PSI-20, a Galp Energia perdeu 2,77%, o BCP 2,57%, a Nos recuou 1,44% e a Jerónimo Martins cedeu 0,45%. Em sentido contrário, EDP e EDP Renováveis fecharam em alta, com ganhos de 0,86% e 1,71%, respetivamente.

Lisboa acompanhou assim o sentimento negativo que se viveu por toda a Europa, pondo fim ao entusiasmo gerado pela reabertura das economias. O Stoxx 600 e o alemão DAX perderam 1,6%, o francês CAC 40 recuou 1,5% e o espanhol IBEX 35 desvalorizou 2,3%.

A razão para o ceticismo dos investidores foi a renovada tensões entre China e EUA, depois de a Assembleia Popular Nacional (APN), órgão máximo legislativo da China, ter aprovado na quinta-feira uma lei de segurança nacional para Hong Kong, competência que cabe às autoridades do território, de acordo com a Lei Básica, a “mini-Constituição” de Hong Kong.

Washington já disse que passará a considerar que Hong Kong deixou de ter a autonomia prometida por Pequim e o presidente norte-americano Donald Trump irá ainda esta sexta-feira realizar uma conferência de imprensa sobre o assunto. Os investidores estão assim à espera de perceber se haverá um relançamento da guerra comercial.

Apesar deste entrave, o mês foi ainda assim positivo, com o Stoxx 600 a subir 3%. Já o PSI-20 somou apenas 1% em maio e está longe de recuperar já que acumula uma perda de 17% no ano.

PSI-20 em terreno negativo no acumulado do ano

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