Já chegaram às empresas 3.583 milhões de euros das linhas de crédito, diz Siza Vieira
O ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, disse esta terça-feira que 3.583 milhões de euros das linhas de crédito já chegaram às empresas. E garante que haverá mais linhas de crédito em breve.
O ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital revelou que, das linhas de crédito aprovadas, “3.583 milhões de euros chegaram às empresas”. Siza Vieira está a ser ouvido esta terça-feira na comissão parlamentar da Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação.
Segundo os dados do IAPMEI divulgados na semana passada, dos 6,2 mil milhões de euros de linhas de crédito aprovadas, apenas pouco mais de 1,7 mil milhões tinham chegado às empresas. Ou seja, só 27,9% do crédito aprovado já teria chegado às empresas. Porém, os dados divulgados hoje pelo Governo indicam que as empresas receberam mais do dobro do número indicado pelo IAPMEI.
O ministro da Economia revelou também que vão ser abertas novas linhas de crédito direcionadas para as pequenas e médias empresas. “Temos capacidade para abrir novas linhas de crédito e vamos fazê-lo“, garantiu, explicando que o Governo está a “discutir com o sistema bancário qual a melhor forma de satisfazer a procura de crédito que não foi satisfeita”.
“A prioridade é dirigir a micro e pequenas empresas que é onde existe mais procura de crédito ainda não satisfeita”, disse. Mais adiante, Siza Vieira esclareceu que serão alargadas linhas de crédito para microempresas de turismo.
A Comissão Europeia autorizou o Estado português a dar garantias públicas no valor de 13 mil milhões de euros, sendo que 6,6 mil milhões já foram utilizados pelo que sobra 6,4 mil milhões de euros para novas linhas.
Siza Vieira diz que o Executivo está a aprender com o que foi feito nestas linhas de crédito iniciais para “perceber a melhor forma para ao longo do ano continuar a dar liquidez as empresas“. Além disso, recordou que estes são contratos de abertura de crédito pelo que as empresas não têm de receber o dinheiro de imediato, podendo utilizá-lo ao longo de um determinado período para satisfazer as suas necessidades de tesouraria.
O ministro disse ainda que neste período da pandemia, em poucas semanas, a banca cedeu crédito semelhante ao crédito total de um trimestre em anos anteriores.
Impacto económico “mais violento” na segunda quinzena de março e na primeira de abril
Na audição, Siza Vieira adiantou ainda que, segundo as estimativas do Executivo, “o impacto mais violento” da crise pandémica na economia verificou-se na “segunda quinzena de março e primeira quinzena de abril”. Na segunda quinzena de março, a redução de atividade económica terá sido entre “24 a 25%”, de acordo com o ministro da Economia, antecipando que “provavelmente o mesmo se verificou na primeira quinzena de abril”.
Siza Vieira explicou que a contração do PIB reflete a “quebra muito significativa das exportações pelo encerramento dos mercados externos”. Contudo, “maio foi um mês de alguma recuperação”, disse, argumentando que o “ritmo de crescimento do desemprego atenuou-se”.
“Agora é a altura de salvar as empresas“, disse, antecipando que “vamos ter seguramente um final de ano e início do próximo ano e continuação do próximo ano que vai ser de um crescimento muito significativo”. “É preciso assegurar que as empresas sobrevivam até lá”, disse, ajudando as empresas a ultrapassar esta “fase hesitante que estamos a viver”.
(Notícia atualizada)
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