Espanha tenta “amadurecer” candidatura de Nadia Calviño para suceder a Centeno no Eurogrupo
O Governo de Espanha diz falará nos próximos dias “com todos os colegas para tentar amadurecer a candidatura” de Nadia Calviño à presidência do Eurogrupo.
O presidente do Governo espanhol, Pedro Sánchez, disse, este domingo, que vai “tentar amadurecer” a ideia de uma candidatura da vice-presidente do seu Executivo, Nadia Calviño, para suceder a Mário Centeno na liderança do Eurogrupo.
Durante a Conferência de Presidentes mantida com os líderes das regiões autónomas, Sánchez fez saber que considera “uma honra” que se fale “com muita força” sobre a possibilidade de a ministra dos Assuntos Económicos e Transformação Digital de Espanha vir a ocupar o cargo que pertenceu ao português.
“O Governo de Espanha está muito interessado neste tipo de responsabilidade” e, por isso, falará nos próximos dias “com todos os colegas para tentar amadurecer essa candidatura” antes de 25 de junho, data limite para a sua apresentação, disse Pedro Sánchez.
Os países da Zona Euro têm até essa data para apresentar os seus candidatos ao cargo e a eleição terá lugar na próxima reunião do Eurogrupo, no início de julho. O líder eleito terá de contar com o apoio de pelo menos 10 dos 19 países da zona Euro e assume o cargo em 13 de julho para um mandato de dois anos e meio.
O português Mário Centeno foi o terceiro presidente do Eurogrupo, depois do luxemburguês Jean-Claude Juncker (2005-2013) e do holandês Jeroen Dijsselbloem (2013-2018).
Eleito em 04 de dezembro de 2017 para a presidência do Eurogrupo, anunciou esta semana que deixa a pasta das Finanças no Governo, pelo que despedir-se-á do cargo em julho, tornando-se o primeiro presidente do fórum informal de ministros das Finanças da Zona Euro a cumprir apenas um mandato.
Questionado pela imprensa espanhola, na quinta-feira, sobre se gostaria de ver suceder-lhe uma mulher, designadamente a ministra espanhola Nadia Calviño, Centeno escusou-se a “especular sobre quaisquer nomes ou tipo de candidatos” e lembrou mesmo que nem sequer votará, pois na próxima reunião no início de julho – ainda sem data ‘fechada’ – já não será ministro em exercício.
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