Rui Rio diz que a DGS “não tem estado completamente à altura do problema”

Rui Rio considera "evidente" que a "parte técnica, designadamente a Direção-Geral de Saúde, não tem estado completamente à altura", no combate à Covid-19 em Portugal.

Rui Rio tece duras críticas relativamente à atuação da Direção-Geral de Saúde (DGS) no combate à pandemia em Portugal. O presidente do PSD diz que “não tem estado completamente à altura do problema”, mas descarta pedir uma reunião com o primeiro-ministro sobre o assunto.

“Acho que a parte técnica, designadamente a Direção-Geral de Saúde, não tem estado completamente à altura do problema. Isso parece-me evidente”, disse Rui Rio, à margem de uma visita ao aterro sanitário de Sobrado, em Valongo, em declarações transmitidas pela RTP3.

Para o social-democrata “nunca houve uma linha de conduta” no discurso das autoridades de saúde, nomeadamente no que respeita à recomendação do uso de máscara para minimizar o contágio do vírus. “Em tempo disseram simplesmente que não serviam para nada e agora são indispensáveis”, apontou Rui Rio.

Apesar de não se alongar concretamente na “resenha” de todas as falhas, o líder do PSD disse que “foram ditas determinadas coisas e passado algum tempo o contrário”. Assim, para Rui Rio “o Governo precisa que a vertente técnica esteja capaz de propor soluções para o problema”, descartando, ainda assim, a possibilidade de pedir uma reunião com o Executivo. “Se para tomar essas decisões precisar também do apoio dos outros partidos no sentido de haver uma maior eficácia no combate eu penso que o primeiro-ministro o deverá fazer”, assinalou Rui Rio, salvaguardando que essa decisão terá de partir do primeiro-ministro.

Quanto às críticas que fez à situação da região de Lisboa e Vale do Tejo, o líder dos sociais-democratas constatou que “correu mal”, sublinhando que não quer dizer que vai “ser oposição tal para que as coisas corram pior ainda”. De acordo com o último balanço da DGS, Portugal registou 457 novos casos de infeção por Covid-19 — a maior subida diária desde meados de maio –, elevando para 41.646 o número total de infetados desde o início da pandemia. A região de Lisboa e Vale do Tejo continua a ser alvo das maiores preocupações, tendo sido identificados 391 novas infeções nesta região nas últimas 24 horas, o que corresponde a 86% do total de casos confirmados até à passada meia-noite.

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