Pandemia faz lucro do Banco Best cair 43% para 1,3 milhões de euros

  • ECO
  • 4 Agosto 2020

Apesar desta quebra de 43% nos lucros no primeiro semestre, o Banco Best considera este resultado "positivo", destacando os depósitos que atingiram a "marca histórica de 682 milhões de euros".

O Banco Best registou um resultado líquido de 1,3 milhões de euros no primeiro semestre, menos 43% face aos 2,3 milhões observados no mesmo período do ano passado. Mas, apesar desta quebra nos lucros, justificada pela pandemia de coronavírus, o banco considera que este foi um resultado “positivo”, destacando os depósitos, que atingiram a “marca histórica” de 682 milhões de euros.

Mantiveram-se “rácios prudenciais e de solidez financeira muito favoráveis”, nota a instituição, referindo que “o primeiro semestre ficou marcado pela declaração da pandemia e por um período longo de confinamento, com inegável impacto económico global”. Dado o Best ser um banco digital, “estes níveis históricos de volatilidade nos mercados financeiros afetaram o valor dos ativos sob gestão dos clientes”.

Contudo, o Best sublinha que “os depósitos atingiram a marca histórica de 682 milhões de euros”, o que representa uma “variação positiva significativa” de 18% face ao primeiro semestre do ano passado. “Este crescimento resultou, fundamentalmente, do resgate de aplicações financeiras, mas também da entrada de recursos”, explica o banco.

No que diz respeito ao volume de crédito a clientes — “sendo em 96% colateralizado por ativos financeiros” — este caiu 22% para 110 milhões de euros. “Face às especificidades da carteira de crédito, os pedidos de moratória no Best têm uma expressão absolutamente inexpressiva”.

A área de trading, por sua vez, “beneficiou fortemente da referida volatilidade verificada nos mercados financeiros, tendo o volume de transações de derivados online aumentado 70%”, mais do que os 34% de aumento observados no mercado nacional. No entanto, nota o banco, “o maior crescimento no trading online ocorreu nas operações de bolsa, onde o volume de negociação registou um aumento de 128% atingindo os 585 milhões euros”.

Durante o período de confinamento, o Best viu o número de novos clientes aumentar 15% face ao ano passado, tendo a videochamada sido utilizada em 24% dos processos de abertura de conta e a Chave Móvel Digital (“uma novidade introduzida neste primeiro semestre”) por 19%.

“Apesar de toda a volatilidade que marcou os primeiros seis meses do ano, designadamente ao nível dos mercados, o Banco Best apresentou resultados positivos, acima dos objetivos fixados, cresceu em número de clientes e em valor de depósitos“, diz Madalena Torres, CEO da Banco Best, citada em comunicado, referindo que “a realidade demonstrou que o modelo de negócio do Best é resiliente e responde muito bem aos desafios”.

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