Jantar na vinha, olaria e vindima. Novo projeto turístico no Norte oferece experiências adaptadas à pandemia

  • Lusa
  • 10 Agosto 2020

O projeto para valorização turística no Norte é apoiado com fundos europeus. As primeiras experiências arrancam em setembro.

O ‘Just Like Us’ é um novo projeto apoiado com fundos europeus para valorização turística no Norte que arranca em setembro com experiências em pequena escala, encaixando-se no contexto da pandemia e distanciamento social, revela fonte da empresa.

A ‘Just Like Us – Travel & Experiences’ é uma plataforma de turismo de “experiências locais”, direcionada ao Norte de Portugal com “propostas personalizadas e variadas de gastronomia”, em “comunhão com a natureza” e que pretende divulgar “saberes ancestrais”, avançou esta segunda-feira à agência Lusa Alexandra Sotto Maior, sócia e gerente da empresa, referindo que a empresa acabou de ver aprovada a sua candidatura à Linha de Apoio à Valorização Turística do Interior, com um “investimento total elegível de 91.166 euros”.

Conseguir ver aprovada a candidatura aos fundos europeus em junho, veio permitir iniciar a realização de “alguns investimentos necessários e fundamentais ao arranque da atividade” para dar o “pontapé de saída” já no próximo mês de setembro, explica Alexandra Sotto Maior, referindo que as experiências turísticas foram sempre pensadas para grupos em pequena escala, um facto que se adequa à época de pandemia de covid-19 que se vive no país e no mundo, em que as pessoas preferem estar longe dos ajuntamentos.

“Em setembro deste mesmo ano, finda a época balnear, será efetuado o ‘kick off’ das primeiras experiências, sendo a experiência em destaque o ‘Jantar na Vinha’, unindo gastronomia, prova de vinhos e a passagem de conhecimento sobre os trabalhos agrícolas, no próprio local onde tudo acontece”, revela Alexandra Sotto Maior, que contou com a participação informal de duas amigas, uma formada em Gestão Hoteleira e formadora de profissionais de Turismo e outra a trabalhar na área dos seguros na qualidade de Customer Relationship Management, para pôr em prática um sonho de juventude, alimentado com o “forte relacionamento com o território nortenho, através de laços familiares próximos”.

“Um Dia no Campo”, “Vinho e a Vinha”, “Terra e Fogo”, “Agricultores do Mar” são outras experiências turísticas especiais que estão a ser trabalhadas para avançarem no próximo mês.

“Um Dia no Campo” é uma experiência de oito horas de duração onde se propõe ao turista começar o dia por ir fazer compras para o almoço aos pequenos produtores locais”, aprendendo como se fazem as alheiras ou o queijo fresco de vaca. Confecionar uma feijoada no pote de ferro e apanhar fruta para a sobremesa, vindimar ou apanhar azeitona são trabalhos ancestrais e que se podem fazer dependendo da estação do ano. A experiência só se realiza com o mínimo de quatro pessoas.

O “Vinho e a Vinha” é uma experiência de seis horas de duração e o foco é nas lides da vinha onde se vai aprender a enxertar, podar, amarra ou vindimar conforme a altura do ano. Fazer um piquenique no meio da vinha para degustar iguarias regionais, fazer provas de vinhos e dar passeio a bordo de um jipe para apreciar as videiras e as diferentes castas faz parte do pacote.

A experiência da “Terra e Fogo” é outra das propostas com seis horas de duração e com enfoque no barro negro de Bisalhães, uma técnica de olaria património cultural da Unesco e tradição da zona de Vila Real, em Trás-os-Montes, e que vai permitir que os participantes façam uma peça de olaria com a ajuda de um artesão.

“Agricultores do Mar” é outra experiência que se desenrola na província do Minho e onde se pretende dar a conhecer o trabalho dos sargaceiros, que são as gentes que lavram as ondas para retirar o sargaço (algas). Tem a duração de quatro horas e tem direito a uma degustação dessas hortícolas que depois de seca retém um sabor a mar especial.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 727 mil mortos e infetou mais de 19,6 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP. Em Portugal, morreram 1.756 pessoas das 52.668 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde. A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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