Pandemia acelera vendas da Sonae, mas não evita prejuízos

A dona do Continente e Worten viu o volume de negócios acelerar 6% no primeiro semestre do ano. Ainda assim, não evitou prejuízos de 75 milhões de euros.

A dona da cadeia de hipermercados Continente e de lojas Worten viu as vendas acelerarem no primeiro semestre do ano, período marcado pela pandemia. Ainda assim, não conseguiu evitar prejuízos de 75 milhões de euros.

O volume de negócios subiu 6% para 3.136 milhões de euros entre janeiro e junho, com a Sonae a justificar o forte crescimento das vendas com a “rapidez na implementação de fortes medidas operacionais” e “o desempenho sem precedentes das vendas online”. Isto permitiu à holding liderada por Cláudia Azevedo obter “ganhos de quota de mercado na maior parte dos negócios, sendo de destacar o forte contributo da Sonae MC”, que detém o Continente, segundo o comunicado enviado ao mercado.

Gostaria de destacar os desempenhos excecionais da Sonae MC e da Worten, que, num contexto tão desafiante, foram capazes de reforçar as suas posições de liderança no mercado português“, destacou a CEO da Sonae, que detém ainda a Sonae Fashion, a Iberian Sports Retail Group, a Sonae FS, a Sonae IM, a Sonae Sierra e a Nos.

“Globalmente, a Sonae cresceu 5% em termos homólogos no trimestre e o EBITDA subjacente, em termos comparáveis, manteve-se estável face ao ano passado. Este é um desempenho notável, considerando que muitas das nossas operações estiveram encerradas durante várias semanas”, acrescentou.

Apesar do bom desempenho, a primeira metade do ano terminou com prejuízos de 75 milhões para a Sonae, “principalmente influenciado pelo total de contingências contabilísticas (non cash) de 76 milhões no primeiro trimestre e pela redução da avaliação do portefólio da Sonae Sierra no segundo trimestre, ambas diretamente relacionadas com o Covid-19”.

A Sonae realça, porém, que fechou já o segundo trimestre com um lucro de dois milhões de euros.

A holding adianta ainda que reforçou a sua solidez financeira nos últimos meses, com a redução da dívida líquida em 498 milhões de euros (-28,4%) para 1.257 milhões, enquanto beneficia de condições de financiamento caracterizadas por um baixo custo da dívida (1,2%).

Quanto aos investimentos, ascenderam a 113 milhões de euros no primeiro semestre, dos quais 89 milhões realizados pela Sonae MC.

A Sonae sublinha ainda a “gestão ativa do portefólio com reforço de participações”, dando conta de três operações realizadas ao longo deste ano: a criação da Sonae Prime, uma joint-venture líder no setor imobiliário de retalho com APG, Allianz e Elo, a qual inclui os ativos mais icónicos da Sonae Sierra; a aquisição da totalidade da marca de roupa Salsa; e ainda o reforço na operadora Nos, após ter desfeito a parceria com Isabel dos Santos na Zopt.

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