Auditoria do Novo Banco passou pelo “controlo de qualidade” da Deloitte internacional

Relatório da auditoria da Deloitte aos atos de gestão nos últimos 18 anos passou pelo "quality control" a nível internacional.

O relatório da auditoria da Deloitte ao Novo Banco, que deverá ser entregue ao Governo ainda esta segunda-feira, passou pelo “controlo de qualidade” da auditora a nível internacional, apurou o ECO junto de fonte próxima do processo.

Trata-se de uma espécie de certificação de que as regras e as melhores práticas de auditoria foram seguidas pela equipa portuguesa que nos últimos meses esteve a analisar os atos de gestão no BES e Novo Banco, abrangendo um período de 18 anos, entre 2000 e 2018.

O ECO contactou a Deloitte em Portugal, mas não obteve uma resposta até à publicação do artigo.

Quatro dezenas de técnicos da Deloitte Portugal, com a colaboração de trabalhadores do próprio Novo Banco, estiveram desde o final do ano passado escrutinar os créditos mais ruinosos, operações de imobiliário e outros títulos e outros negócios feitos por subsidiárias da instituição que geraram perdas avultadas para o banco, num processo que ganhou complexidade pela necessidade de se ter em conta mais de 3.000 regras internas do banco que foram mudando ao longo do tempo.

A auditoria, determinada pelo apoio público concedido ao Novo Banco no ano passado, tem um custo de três milhões de euros para o banco liderado por António Ramalho, o triplo do que custou a auditoria da EY aos atos de gestão na Caixa Geral de Depósitos (CGD).

A complexidade do trabalho levou a sucessivos adiamentos na conclusão do relatório que é aguardado por todos — Governo, partidos, Fundo de Resolução e banco — depois das polémicas que a instituição financeira foi colecionando ao longo dos últimos meses.

Parte da informação já é conhecida: no final de dezembro de 2018, à data da última injeção de dinheiros públicos, 36 grandes devedores do banco tinham causado perdas de 4.150 milhões de euros, segundo informação divulgada há um ano pelo Banco de Portugal, à luz da lei dos grandes devedores.

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