Qual é o carro novo preferido dos portugueses?

Num país em que a fiscalidade é pesada, portugueses compram modelos utiliários e, mais recentemente, SUV. São carros de dezenas de milhares de euros, mas há modelos de centenas e até milhões à venda.

Não se compra um automóvel novo todos os dias. É um investimento avultado, especialmente em Portugal onde a fiscalidade acaba por tornar a fatura bem mais pesada do que nos restantes países da União Europeia. Maioria dos modelos adquiridos pelas famílias portuguesas fica-se pelos 20 a 30 mil euros, com um modelo a destacar-se ano após ano nas preferências lusas. Há, contudo, quem gaste mais de 100 mil euros a comprar um carro, sendo que há modelos que chegam aos milhões.

De acordo com os dados mais recentes da Associação do Comércio Automóvel de Portugal (ACAP), referentes a 2019, a Renault voltou a liderar as vendas de veículo de passageiros, posição que ocupa há mais de duas décadas. E o Clio, o utilitário da marca francesa, voltou a destacar-se, sendo o modelo preferido dos portugueses.

Houve anos em que o Megane conseguiu liderar, mas o Clio impõe-se sempre: é um modelo mais barato, com preços a rondar os 15 a 25 mil, consoante a motorização, bem como o equipamento selecionado. O Captur, com um preço entre 20 e 30 mil euros está também no pódio, sendo apenas superado, além do Clio, por um modelo de uma gama superior: o Mercedes Classe A, havendo aqui muito o efeito da venda de veículos para empresas.

Este ranking mostra bem os valores que habitualmente se paga por um veículo novo, num país em que os preços dos automóveis novos são elevados em comparação com os mesmos modelos noutros mercados europeus, o que faz brilhar utilitários como o Clio. A fiscalidade faz, muitas vezes, com que a fatura seja mais avultada, levando a que muito portugueses procurem soluções no mercado de usados, tanto cá como lá fora (recorrendo à importação).

É preciso chegar quase o fim do top 50 dos modelos mais vendidos em Portugal para encontrar veículos de gamas mais elevadas, com preços a condizer. O Mercedes-Benz Classe E, um automóvel cujo preço de venda pode superar a fasquia dos 100 mil euros, surge na 38.ª posição, enquanto o BMW Serie 5 está na 41.ª.

várias soluções no patamar dos 100 mil euros, sejam berlinas de luxo, sejam SUV de marcas premium, começando, a partir destes valores a surgir modelos mais especiais. São carros que custam 150, 200 ou 250 mil euros, casos de muitos Porsche. Acima destes valores surgem outras marcas exclusivas, casos da Aston Martin, Ferrari, Lamborghini ou Bentley. Até aos Rolls Royce.

Há carros que chegam a custar meio milhão de euros, mas também há veículos que exigem investimentos bem mais avultados, na ordem dos milhões de euros. Um Porsche 918 Spyder facilmente supera esta fasquia, apesar de inicialmente custar 800 mil euros, mas há também modelos como o Project One da Mercedes, um Fórmula 1 de estrada, com um preço de três milhões de euros que em 2018 foi vendido em Portugal.

Há depois todo um leque de automóveis especiais que custam vários milhões de euros, mas não se conseguem comprar simplesmente entrando num stand — até porque muitas dessas marcas não estão representadas no mercado nacional. Mas nenhum desses carros chega aos “calcanhares” do Bugatti La Voiture Noire.

Desenhado para transmitir elegância, este modelo moldado à mão, em fibra de carbono, é o carro mais caro do mundo. Dotado de um motor W16 de 8.0 litros de cilindrada que, graças a quatro turbos, garante 1.500 cv de potência e 1.600 Nm de binário, este modelo exclusivo tem um preço de 11 milhões de euros (sem os impostos portugueses). Só existe uma unidade que foi comprada ou por Ferdinand Piech ou Cristiano Ronaldo.

Quanto custa fazer uma máscara? Quanto gasta cada família com as telecomunicações? Quanto cobra uma imobiliária para vender a casa? Ou qual a profissão mais bem paga do país? Durante todo o mês de agosto, e todos os dias, o ECO dá-lhe a resposta a esta e muitas outras questões num “Sabia que…”.

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