“Economia está a recuperar depressa” em Portugal, diz João Leão à Bloomberg
O ministro das Finanças, João Leão, disse à Bloomberg que a economia está a recuperar "depressa" e "melhor do que o esperado" tanto em Portugal como na Zona Euro.
O ministro das Finanças, João Leão, considera que a economia europeia foi “severamente” afetada pela pandemia no segundo trimestre, “mas agora a economia está a recuperar depressa, melhor do que o esperado tanto em Portugal como na Zona Euro“. As declarações foram feitas à Bloomberg esta sexta-feira à margem da reunião do Eurogrupo, a primeira com o ministro das Finanças irlandês, Paschal Donohoe, como presidente.
Apesar do tom otimista, o qual também já tinha adotado na primeira entrevista que desde que é ministro das Finanças, João Leão admitiu que o “outlook ainda é muito incerto e a recuperação não está concluída“. Esta quarta-feira, o ministro tinha feito a mesma ressalva na Grande Entrevista da RTP3 após ter dito que há “sinais de recuperação mais positivos do que o esperado”, superando as “expectativas”.
Nas declarações à Bloomberg, Leão especificou que o setor bancário ajudou a economia, que a construção continua “muito bem” e que a indústria transformadora está a recuperar. Contudo, o responsável pelas Finanças assumiu que o turismo continua “muito aquém” dos níveis do ano passado, apesar de também estar a recuperar. Quando questionado sobre a decisão do Reino Unido de retirar Portugal Continental dos corredores aéreos, o ministro reconheceu o impacto dessa decisão, mas disse que o turismo interno e espanhol estão em força e que o Governo adotou medidas específicas para aumentar a procura por turismo.
Relativamente à Europa, João Leão assinalou que os “mercados estão a ver com confiança a evolução na economia europeia” por causa dos acordos alcançados entre os Estados-membros. Relativamente à consequência disso, que tem sido a subida do euro face ao dólar, o ministro das Finanças confessou que “a apreciação do euro não deverá ir muito além” uma vez que tal será negativo para as exportações e não contribuirá para o aumento da inflação, que está em níveis historicamente baixos. Ontem a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, disse que está a acompanhar a evolução da divisa na medida em que isso afeta a inflação, dado que a taxa de câmbio não consta do mandato do BCE.
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