Costa Silva: Alta velocidade entre Lisboa e Porto recebeu “consenso alargado”

A análise aos contributos para a Visão Estratégica revela que houve um "consenso alargado" sobre as infraestruturas propostas, nomeadamente a alta velocidade entre Lisboa e Porto.

António Costa Silva voltou a defender a “aposta na linha de alta velocidade Lisboa-Porto” no discurso de apresentação dos contributos da consulta pública à Visão Estratégica para o Plano de Recuperação 2020-2030 realizada esta terça-feira na Fundação Calouste Gulbenkian. O documento revela que houve “consenso alargado” nas infraestruturas propostas, nomeadamente a alta velocidade entre as duas maiores cidades do país.

“As propostas apresentadas para este Eixo Estratégico [Rede de Infraestruturas], cujo objetivo é prosseguir a consolidar o esforço de criação de uma rede estratégica de infraestruturas de transportes e mobilidade, ambientais e de energia, indispensáveis à sustentabilidade, competitividade e conectividade do território, foram alvo de intenso debate público, que revelou um consenso alargado sobre a necessidade de o país se dotar com as infraestruturas propostas no documento inicial“, lê-se no documento.

Dentro da área da ferrovia, o documento elaborado por Costa Silva refere que os contributos centraram-se também na “implementação da alta velocidade entre Lisboa e Porto e aposta na melhoria das ligações ferroviárias nas duas áreas metropolitanas“.

Anteriormente, na apresentação da Visão Estratégica em julho, Costa Silva tinha abordado a questão polémica de forma direta: “Não quero saber se é alta velocidade ou velocidade alta”, relativizou, explicando que, como os voos de curta distância “vão ser proibidos”, terá de haver uma alternativa viável. De acordo com o Público, essa ligação de alta velocidade poderá encurtar a viagem entre Lisboa e Porto a duas horas.

No seu discurso, Costa Silva detalhou que no documento original defendia que a alta velocidade fosse feita primeiro entre Porto e Soure, mas os contributos que recebeu apontam para que o projeto seja feito todo de uma só vez, carecendo ainda de uma análise de custo-benefício. Na primeira versão da Visão Estratégica, o conselheiro do primeiro-ministro queria “construir um eixo ferroviário de alta velocidade Porto-Lisboa para passageiros, começando com o troço Porto-Soure (onde existem mais constrangimentos de circulação)“. “Esta ligação potenciará a afirmação das duas áreas metropolitanas do país e o seu funcionamento em rede (como dispõe o PNPOT.)”, argumentava, assinalando que “para além dos ganhos de conetividade e articulação, esta obra trará grandes ganhos ambientais por dispensar as ligações aéreas”. A decisão caberá ao Governo.

(Notícia atualizada às 11h30 com mais informação)

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