Um terço das subvenções de Bruxelas são para apoiar empresas. Maior “fatia” vai para a saúde e habitação

  • ECO e Lusa
  • 21 Setembro 2020

O Executivo quer investir um terço das subvenções europeias para financiar empresas e apoiar a criação de emprego.

O Governo tenciona investir um terço do dinheiro que irá receber da União Europeia a fundo perdido para a recapitalização de empresas e apoiar a criação de emprego, adiantou o deputado único da Iniciativa Liberal, João Cotrim Figueiredo.

Na distribuição dos 12 mil milhões de euros disponibilizados a fundo perdido através do Mecanismo de Recuperação e resiliência europeu, “cerca de um terço, talvez menos de um terço, é aplicado em instrumentos produtivos, em recapitalização de empresas e em geração de emprego“, revelou João Cotrim Figueiredo, no final da reunião com o primeiro-ministro, em declarações transmitidas pela RTP3.

Para a Iniciativa Liberal essa distribuição “é insuficiente”, já que defende que é preciso “ter uma estratégia clara de geração de riqueza”, argumentando que “essa riqueza, que até o próprio Costa Silva defende, é criada pelas empresas e não pelo Estado”.

A maior “fatia” das subvenções deverá ser destinada a medidas na área da saúde, habitação social e programas de combate à pobreza. De acordo com o documento que está a ser distribuído aos partidos, para a resiliência, que junta as vulnerabilidades sociais, o potencial produtivo e a competitividade e coesão territorial, o Governo prevê um investimento de sete mil milhões de euros, mais de metade do total, sendo que a maior parcela, 3.200 milhões, será aplicado no Serviço Nacional de Saúde, na habitação e em respostas sociais.

Para o potencial produtivo, que agrega o investimento e inovação com qualificações profissionais, estão destinados 2.500 milhões de euros, segundo o documento distribuído aos jornalistas em São Bento.

Já para a competitividade e coesão territorial são previstos 1.500 milhões de euros.

Para a transição climática, o plano prevê um investimento de 2.700 milhões de euros e para a transição digital estão alocados três mil milhões, divididos entre as escolas, as empresas e a administração pública.

A primeira versão deste plano, que é um dos instrumentos desenhados a partir da visão estratégica de Costa e Silva, vai ser apresentado em 14 de outubro no parlamento, e no dia seguinte será apresentado à Comissão Europeia.

O Plano de Recuperação e Resiliência enquadra-se no Plano de Recuperação Europeu.

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