Imunes à pandemia, grandes tecnológicas lucram 38 mil milhões no trimestre

Alphabet, Amazon, Apple e Facebook viram os lucros do trimestre alcançarem os 38 mil milhões de dólares, num período em que a generalidade da economia enfrentou dificuldades por causa da Covid-19.

As grandes empresas de tecnologia norte-americanas mostraram ser imunes à pandemia do coronavírus. Tudo somado, Alphabet, Amazon, Apple e Facebook revelaram ter lucrado 38 mil milhões de dólares no terceiro trimestre, num período em que a economia mundial enfrentou severas dificuldades económicas por causa do impacto da Covid-19, noticia o The New York Times (acesso condicionado).

À medida que cada vez mais empresas e pessoas recorrem aos serviços digitais fornecidos por estas gigantes, estes negócios têm sucessivamente dado provas da sua resiliência, estando mesmo na base da escalada das bolsas em Nova Iorque durante praticamente todo o verão. O aumento do escrutínio sobre o domínio destas empresas em diferentes mercados não teve impacto nas contas destas empresas.

Depois de ter observado a primeira queda nas receitas trimestrais no segundo trimestre deste ano, os negócios da Alphabet recuperaram e os lucros bateram mesmo um máximo histórico de 11,25 mil milhões de dólares no último trimestre. As receitas do grupo cresceram 14%, para 46,1 mil milhões de dólares.

Com o crescimento do comércio online durante a pandemia, a Amazon viu as vendas dispararem 37% no terceiro trimestre, em termos homólogos, alcançando os 96,1 mil milhões de dólares. Os lucros da companhia fundada por Jeff Bezos atingiram os 6,3 mil milhões de dólares nos mesmos três meses e a empresa contratou mais 250 mil pessoas, tendo agora mais de um milhão de funcionários.

No negócio da cloud, a Amazon Web Services cresceu 29%, na mesma semana em que a concorrente Microsoft também revelou que as receitas com a cloud dispararam 30% no trimestre.

A Apple apresentou o iPhone 12 mais tarde do que habitual e viu as vendas caírem 20% no trimestre. Mesmo assim, à medida que a marca vai focando cada vez mais o negócio nos serviços digitais, as vendas subiram 1%, para 64,7 mil milhões de dólares. Concretamente, o segmento dos serviços cresceu 16% em receitas no trimestre, para 14,5 mil milhões de dólares, enquanto as vendas de iPads dispararam 46%, as de computadores Mac aumentaram 29% e as do Apple Watch subiram 21%. Os lucros caíram 7%, para 12,7 mil milhões de euros.

As receitas do Facebook entre julho e setembro subiram 22% em termos homólogos, atingindo os 21,2 mil milhões de dólares. Os lucros do grupo liderado por Mark Zuckerberg também registaram um aumento expressivo, subindo 29%, para 7,84 mil milhões de dólares, superando as estimativas. Estes aumentos dão-se mesmo num período em que alguns dos principais anunciantes da rede social promoveram um boicote à empresa, criticando a forma como a companhia lida com o discurso de ódio nas várias plataformas que gere.

A par destas, outra empresa que também apresentou resultados esta quinta-feira, ainda que numa dimensão mais reduzida, foi o Twitter. A rede social liderada por Jack Dorsey divulgou receitas de 936 milhões de euros, bastante acima das estimativas dos analistas, que apontavam para os 777 milhões. O lucro por ação fixou-se em 19 cêntimos, enquanto os analistas esperavam apenas seis cêntimos.

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