Agência Europeia do Medicamento espera distribuição de vacina contra Covid-19 a partir de janeiro

  • Lusa
  • 14 Novembro 2020

A Agência Europeia de Medicamentos espera que “seis ou sete” diferentes vacinas contra o novo coronavírus estejam disponíveis em 2021.

A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) espera dar um parecer favorável sobre uma primeira vacina contra o novo coronavírus “até o final do ano” para ser distribuída “a partir de janeiro”, disse este sábado o seu diretor.

“Se os dados forem sólidos, podemos dar luz verde para a primeira vacina até o final do ano e começar a distribuição a partir de janeiro”, disse o diretor da Agência Europeia de Medicamentos (EMA), Guido Rasi, numa entrevista publicada este sábado no jornal italiano Il Sole 24 Ore.

Este organismo é responsável pela autorização e controlo dos medicamentos na União Europeia (UE), sendo que a luz verde final dada pela Comissão Europeia permite aos laboratórios comercializar os seus medicamentos em toda a UE.

A EMA, que espera que “seis ou sete” diferentes vacinas estejam disponíveis em 2021, recebeu na sexta-feira “os primeiros dados clínicos da Pfizer sobre a sua vacina”, afirmou Guido Rasi. O diretor da EMA descreveu ainda que receberam “os dados pré-clínicos da AstraZeneca, de ensaios em animais, que já estão a ser avaliados” e que, por último, tiveram “várias conversas com a Moderna”.

Com a colocação da vacina no mercado em janeiro, os seus primeiros efeitos ao nível de conter a disseminação do vírus “serão visíveis em cinco a seis meses, principalmente no próximo verão”, explicou, lembrando que, obviamente, “não será possível imunizar todas as pessoas”. “Começaremos pelas categorias mais vulneráveis, como os idosos e os profissionais de saúde, que passarão a bloquear as pontes de transmissão”, frisou o responsável.

Guido Rasi entende que é necessário vacinar “mais de metade” da população europeia para se “poder assistir a um declínio da pandemia”, o que exigirá “pelo menos 500 milhões de doses na Europa”. Para vacinar todos, “vai demorar pelo menos um ano” e “se tudo correr bem no final de 2021, teremos imunização suficiente”, salientou Rasi.

A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 1.305.039 mortos resultantes de mais de 53,4 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP. Em Portugal, morreram 3.250 pessoas dos 204.664 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China. Na Europa, o maior número de vítimas mortais regista-se no Reino Unido (51.304 mortos, mais de 1,3 milhões de casos), seguindo-se Itália (44.139 mortos, mais de 1,1 milhões de casos), França (43.892 mortos, cerca de 1,9 milhões de casos) e Espanha (40.769 mortos, mais de 1,4 milhões de casos).

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