Secretários de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Agricultura saem Governo

  • ECO
  • 14 Dezembro 2020

Governo tem novas mexidas. Francisco Gonçalo Nunes André e Rui Manuel Costa Martinho são os novos secretários de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Agricultura.

A secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, Teresa Gonçalves Ribeiro, e o secretário de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Rural, Nuno Tiago dos Santos Russo, deixam o Governo. De acordo com o site da presidência a saída foi a pedido dos próprios e terça-feira será dada posse a Francisco Gonçalo Nunes André e a Rui Manuel Costa Martinho, para os mesmos cargos.

“O Presidente da República aceitou as propostas do Primeiro-Ministro de exoneração, a pedido, de Teresa Gonçalves Ribeiro e de Nuno Tiago dos Santos Russo. Serão nomeados para secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação Francisco Gonçalo Nunes André e Rui Manuel Costa Martinho para secretário de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Rural. As posses terão lugar, no Palácio de Belém, terça-feira, às 18h00″, pode ler-se no site da Presidência da República.

“Não há motivo em especial que justifique a saída do secretário de Estado. São mudanças que acontecem naturalmente.”, disse ao ECO fonte oficial do Ministério da Agricultura, sem querer acrescentar mais detalhes sobre a saída de Nuno Tiago dos Santos Russo. A mesma fonte recorda, contudo, que o ano está a terminar e que em 2021 Portugal ocupa a presidência do do Conselho da União Europeia.

O novo secretário de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Rural, Rui Manuel Costa Martinho, é natural de São João da Pesqueira, tem 57 anos e é licenciado em engenharia agronómica (ISA), tendo, entre outras habilitações académicas, cursos de pós-graduação em Estudos Europeus da Universidade Católica Portuguesa e de mestrado em economia agrária e sociologia rural do Instituto Superior de Agronomia, de acordo com informação da Lusa.

O novo membro do Governo, Rui Manuel Costa Martinho, era até agora presidente do Conselho Diretivo do Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas (IFAP), foi perito nacional destacado na Direção Geral Agricultura da Comissão Europeia e é técnico superior no Ministério da Agricultura da Agricultura e na Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Norte (CCDRN).

Francisco André, o novo secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, é natural de Leiria, tem 44 anos, é licenciado pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa na menção jurídico-económica e iniciou a sua carreira profissional como advogado em 2003. O novo secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação foi chefe do gabinete do secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros do XVII Governo Constitucional entre 2005 e 2008 e conselheiro na Representação Permanente de Portugal (REPER) junto da União Europeia entre 2009 e 2013, diz a agência Lusa.

Francisco André foi chefe do gabinete de António Costa entre outubro de 2018 até agosto de 2020, tendo exercido até agora funções como conselheiro técnico principal na Representação Permanente de Portugal junto da OCDE.

Estas demissões acontecem numa altura que o Bloco de Esquerda defende que o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, não pode continuar no Governo já que “perdeu as condições para o lugar que ocupa”, dada a forma como lidou com a atuação do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras. PCP defende a reestruturação do SEF, mas não de “cabeça quente”.

O mês passado, o secretário de Estado do Planeamento, José Mendes também apresentou a demissão, sendo substituído por Ricardo Pinheiro, ex autarca de Campo Maior. Uma saída que, segundo o Público, se terá devido a incompatibilidade com o ministro Nelson de Souza.

A saída de José Mendes aconteceu apenas oito semanas após o primeiro-ministro ter feito uma remodelação de secretários de Estado. Nessa altura saíram cinco e um, Lacerda Sales, viu a sua posição reforçada. O primeiro-ministro aproveitou a saída de José Apolinário, então secretário de Estado das Pescas, que era candidato à presidência da CCDR-Algarve, para fazer uma remodelação mais alargada. Além de José Apolinário saíram Alberto Souto de Miranda, que era secretário de Estado adjunto do ministro das Infraestruturas, que se antecipava que viria a ocupar um cargo no Banco Português de Fomento, uma informação que ainda não se confirmou, mas também a secretária de Estado da Habitação, Ana Pinho. Nessa mexida saiu a então secretária de Estado da Saúde Jamila Madeira e ainda a secretária de Estado da Educação, Susana Amador.

Esta legislatura, António Costa já se viu forçado a fazer uma remodelação governamental devido à passagem de Mário Centeno das Finanças para o Banco de Portugal.

(Notícia atualizada pela última vez às 19H15)

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