Quase todos os partidos querem ouvir estes 15 nomes no inquérito ao Novo Banco

Deputados propuseram mais de 160 nomes para ouvir na comissão de inquérito ao Novo Banco, mas lista vai ser cortada drasticamente. Estas 15 personalidades reúnem maior consenso e deverão ser chamadas.

Os partidos propuseram uma lista interminável de personalidades a ouvir na comissão de inquérito ao Novo Banco. Porém, a lista de nomes terá de ser reduzida de forma drástica pelos deputados pois não haverá tempo para ouvi-los a todos. Há nomes menos consensuais que deverão ficar de fora. Mas há, pelo menos, 15 que foram pedidos por quatro ou mais partidos e que deverão constar a lista final de audições.

A mesa da comissão de inquérito presidida por Fernando Negrão reúne-se esta tarde, pelas 16h00. Há dois pontos na ordem dos trabalhos: organização dos trabalhos da comissão e outros assuntos. Os deputados deverão começar a definir a lista final de personalidades que vão ser ouvidas nas próximas semanas. “É preciso a bater muita pedra”, disse ao ECO o deputado do PSD Duarte Pacheco sobre a tarefa de chegar a um consenso sobre os nomes a ouvir pela comissão, depois de os partidos terem apresentado requerimentos para audições a mais de 160 responsáveis.

Tendo em conta a última comissão de inquérito à Caixa Geral de Depósitos, onde tiveram lugar 36 audições (em 13 semanas de trabalhos), a lista final de personalidades a ouvir no inquérito que visa apurar as perdas do Novo Banco imputadas ao Fundo de Resolução terá de ser encurtada significativamente. Assim, procura-se consenso.

Alguns dos nomes são bastantes consensuais e não deverão ser levantados problemas por nenhum dos deputados. Nomes como os do ex-governador do Banco de Portugal Carlos Costa, do ex-ministro das Finanças Mário Centeno e do presidente executivo do Novo Banco, António Ramalho, foram solicitados por todos os grupos parlamentares (PS, PSD, Bloco, PCP, CDS e PAN) e pelo deputado da Iniciativa Liberal.

Além desses, estes cinco nomes também foram indicados por seis partidos: Maria Luís Albuquerque (ex-ministra das Finanças de Passos Coelho), Luís Máximo dos Santos (presidente do Fundo de Resolução), Vítor Bento (CEO do BES aquando da resolução e primeiro presidente do Novo Banco), José Bracinha Vieira (comissão de acompanhamento do Novo Banco), Ricardo Mourinho Félix (ex-secretário de Estado Adjunto, Tesouro e Finanças).

O presidente do conselho geral e de supervisão do Novo Banco, Byron Haynes também deverá ser chamado a depor, tendo sido um nome requerido por cinco partidos. Também o nome de José Rodrigues de Jesus, ex-presidente da comissão de acompanhamento, foi pedido por grupos parlamentares e deverá regressar ao Parlamento onde já deixou declarações polémicas no passado.

A pedido de quatro partidos, a comissão de inquérito ao Novo Banco também não deverá deixar de chamar o atual ministro das Finanças, João Leão, o ex-presidente do Conselho de Auditoria do Banco de Portugal João Costa Pinto, o secretário-geral Fundo de Resolução e diretor do Departamento de Resolução do Banco de Portugal, João Freitas, o administrador responsável pela área de Risco do Novo Banco, Rui Fontes, e a responsável da Alantra Portugal e ex-funcionária do BES Ana Rita Barosa.

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