Pandemia deixou “marcas profundas” na Alemanha
No boletim económico de janeiro, o Bundesbank afirma que a contração económica "atingiu quase a dimensão da de 2009, quando a economia se contraiu 5,7% devido à crise financeira e económica mundial".
A pandemia deixou “marcas profundas na economia alemã em 2020”, que se contraiu em 5% face ao ano anterior (ou 5,3% em dados corrigidos das variações sazonais), afirmou esta segunda-feira o Bundesbank.
No boletim económico de janeiro, publicado esta segunda-feira, o Bundesbank afirma que a contração económica “atingiu quase a dimensão da de 2009, quando a economia se contraiu 5,7% devido à crise financeira e económica mundial”.
Os setores mais afetados pela pandemia de Covid-19 são os serviços onde existe um contacto próximo entre as pessoas, tais como a gastronomia ou parte do comércio a retalho, mas também a indústria.
Os economistas do Bundesbank acrescentam no boletim que a recuperação da economia, que tinha ocorrido no terceiro trimestre, “foi travada no último trimestre pelo aumento dos contágios e pelo endurecimento das medidas contra a pandemia”.
A indústria e a construção, que são setores menos atingidos pelas medidas de distanciamento social, recuperaram até novembro e, por conseguinte, a contração económica não foi maior. Em novembro, as encomendas recebidas pelas empresas alemãs excederam o nível do quarto trimestre de 2019, antes do surgimento da pandemia, mas numa altura em que a economia alemã tinha estagnado devido à queda no setor industrial.
A confiança das empresas melhorou na Alemanha em dezembro, apesar de um aumento dos contágios, levando os especialistas do Bundesbank a esperarem que o prolongamento dos confinamentos no início de 2021 não trave demasiado a recuperação económica.
Mas se os contágios não se reduzirem e o confinamento travar a atividade económica por mais tempo ou mais duramente, pode haver “um grande revés”, de acordo com o Bundesbank.
O mercado de trabalho alemão tem-se mantido “estável”, embora as medidas para combater a pandemia tenham sido reforçadas. Os trabalhadores em lay-off aumentaram em novembro e dezembro, mas em muito menor grau do que na primavera, e concentraram-se principalmente no setor da hotelaria e restauração, bem como no do retalho, setores que tiveram de fechar.
A taxa de desemprego na Alemanha em dezembro foi de 6,1% da população ativa, depois de o número de desempregados ter diminuído durante três meses consecutivos.
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