Suspensão de 26 voos semanais com o Brasil vai ter “forte impacto” na TAP

Depois do Reino Unido, Portugal decidiu suspender também todos os voos de e para o Brasil por causa da Covid-19. A TAP, que conta com 26 voos semanais para este destino, admite "forte impacto".

A TAP sofreu mais um golpe por causa do novo coronavírus. Numa altura de poucas viagens, e depois da suspensão dos voos entre Portugal e o Reino Unido, a decisão do Governo de suspender as ligações com o Brasil vai ter um “forte impacto” na companhia aérea portuguesa, que conta com 26 voos semanais para aquele destino.

“As rotas do Brasil e as suas conexões representam um importante volume das receitas para a TAP”, diz a empresa. Neste sentido, “esta suspensão de voos de e para o Brasil vai ter um forte impacto na companhia, adiando a recuperação“, diz a TAP ao ECO.

“Até ao dia 14 de fevereiro, estão suspensos todos os voos, comerciais ou privados, de todas as companhias aéreas, de e para o Brasil. As regras agora estabelecidas são igualmente aplicáveis aos voos de e para o Reino Unido”, disse o Ministério da Administração Interna, em comunicado.

O Governo justifica esta suspensão dos voos de e para o Brasil, bem como o Reino Unido, com a evolução da situação epidemiológica a nível mundial, o aumento dos casos de infeção por SARS-CoV-2 em Portugal e a deteção de novas estirpes do vírus. A estirpe brasileira é, a par da britânica e da África do Sul, uma das que mais preocupa as autoridades.

"As rotas do Brasil e as suas conexões representam um importante volume das receitas para a TAP.”

Fonte oficial da TAP

A TAP, que diz que “cumpre todas as restrições e recomendações definidas pelas diversas autoridades”, vai ter de aterrar os aviões que tinham o Brasil como destino. E são vários. “Atualmente, a TAP está a operar 26 voos de ida-e-volta por semana entre Lisboa e Porto e o Brasil, para oito destinos diferentes”, conta a empresa.

Estes 26 voos são já uma “amostra” do peso que este mercado teve para a TAP. “Recorde-se que em fevereiro de 2020, antes da pandemia, a TAP realizava 71 voos de ida-e-volta por semana para o Brasil. Os 26 que opera neste momento representam uma quebra de 63%.

“No total da sua rede, em fevereiro de 2021, a TAP espera operar 19% do que operava no mesmo mês do ano passado”, diz a empresa ao ECO. Em março, de acordo com uma comunicação recente do CEO aos trabalhadores, a TAP estimava uma “oferta de voos entre os 25% e os 28% face a março de 2020, primeiro mês em que sentimos o impacto da pandemia, durante o qual cortamos a nossa capacidade (ASK) em 34%”.

A TAP, que está a atravessar um processo de reestruturação que prevê a saída de trabalhadores, venda de aviões, entre outras medidas, continua a ser castigada pela pandemia em 2021, isto depois de no ano passado ter sofrido um forte embate com a pandemia. A companhia aérea portuguesa realizou, em 2020, menos 91 mil voos do que no ano anterior. E transportou menos 13 milhões de passageiros.

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