TAP suspende 93% da operação em fevereiro por causa do encerramento das fronteiras
A TAP vai suspender 93% da sua operação em fevereiro, face às restrições adicionais impostas pelos Governos dos países onde opera em resposta ao agravamento da pandemia.
A TAP vai suspender 93% da sua operação durante o mês de fevereiro, face às “restrições adicionais” à mobilidade das pessoas e ao transporte aéreo impostas pelos Governos dos países onde opera em resposta ao agravamento da pandemia de coronavírus.
“Por força das restrições adicionais aos voos e à mobilidade de pessoas, impostas pelas autoridades nacionais e dos outros países onde a TAP opera para contenção da disseminação global da pandemia Covid-19, a TAP vê-se obrigada a suspender 93% da sua operação durante o mês de fevereiro de 2021, tendo por referência o período homologo do ano anterior”, anunciou a empresa, este domingo, em comunicado.
A TAP estimava reduzir, no segundo mês de 2021, em 73% as suas operações, face ao período homólogo, mas vê-se agora obrigada a ir mais longe. O corte será, assim, de 93%, 20 pontos percentuais acima do que constava do plano de voos desenhado antes de se conhecerem as “restrições recentemente impostas ao transporte aéreo”.
Apesar desta redução tão significativa das operações, a TAP afirma que continuará a garantir a mobilidade aérea nacional entre Lisboa, Porto, Madeira e Açores, bem como “ligações aéreas internacionais a cidades com comunidades portuguesas significativas“, nomeadamente Newark, Boston, Toronto, Madrid, Barcelona, Málaga, Valência, Amesterdão, Bruxelas, Genebra, Zurique, Luxemburgo, Paris, Nice, Toulouse, Marselha, Lyon, Milão, Roma, Bissau, Conacri, Dakar, Maputo, Praia, São Vicente e São Tomé e Príncipe.
Além disso, a transportadora nacional garante que procurará “viabilizar, em conjunto com as autoridades nacionais e estrangeiras relevantes, a realização de voos humanitários e de repatriamento, sempre que estes se mostrem necessários”.
A TAP avisa também que a operação poderá “ser revista e ajustas sempre que as circunstâncias assim o exijam“.
Arranca este domingo o novo período de estado de emergência em Portugal, que vem acompanhado de medidas mais duras do que até aqui estavam em vigor, nomeadamente no que diz respeito às viagens internacionais. Os portugueses estão agora proibidos de se deslocarem ao estrangeiro, por qualquer via, a não ser para deslocações essenciais. Além disso, os passageiros que cheguem ao país terão de se sujeitar a confinamento obrigatório. Voltou também o controlo de fronteiras terrestres e por via marítima.
De notar que a atividade da TAP está também a ser afetada pela suspensão recente dos voos de e para o Reino Unido, bem como de e para o Brasil, decidida face à propagação de estirpes mais perigosas do novo coronavírus.
A TAP está a atravessar atualmente um processo de reestruturação, que prevê nomeadamente a saída de trabalhadores e a venda de aviões. Isto depois de, em 2020, a transportadora aérea nacional ter realizado menos 91 mil voos do que no ano anterior e transportado menos 13 milhões de passageiros que no período homólogo, isto é, a empresa — como aliás todo o setor da aviação civil — tem sido fortemente castigada pela pandemia de coronavírus.
(Notícia atualizada às 13h28)
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