Ryanair admite prejuízos de 950 milhões por causa da Covid-19

Transportadora aérea low cost teve resultado negativo de 306 milhões de euros no terceiro trimestre devido à pandemia.

A Ryanair admite que os prejuízos poderão atingir os 950 milhões de euros devido às restrições nas viagens e aos confinamentos por causa da pandemia.

A transportadora aérea low cost anunciou esta segunda-feira prejuízos de 306 milhões de euros no exercício relativo ao terceiro trimestre, depois de uma quebra de 78% no tráfego de 36 milhões de passageiros para apenas oito milhões. Com isso, a faturação afundou 82% para 340 milhões de euros (compara com as receitas de 1,91 mil milhões no mesmo período do ano passado.

A Ryanair diz ter sido afetada pelo anúncio “em cima da hora” de restrições no período de festas do Natal e Ano Novo no Reino Unido e Europa.

E acrescenta estar a prever prejuízos de perto de mil milhões de euros devido à incerteza e às constantes mudanças nas restrições de viagens. “Com os confinamentos, os timings da vacinação na União Europeia e uma curva de reservas muito próxima, estamos a prever prejuízos entre os 850 milhões e os 950 milhões de euros”, indica.

As perspetivas para 2021 não são animadoras. A Ryanair classifica o ano como o “mais desafiante” da sua história de 35 anos. “Os confinamentos anunciados recentemente e as restrições nas viagens na Europa e Reino Unido vão reduzir as perspetivas de tráfego para 26 milhões e 30 milhões de passageiros (anteriormente “até 35 milhões), com maior risco em direção ao limite mais baixo do intervalo”, revela.

A Ryanair voltou a deixar críticas às ajudas de Estado (citando a ajuda à TAP e outras companhias aéreas) que considera ser “ilegais” e que distorcem a concorrência e as regras iguais no setor da aviação na Europa.

Ainda assim, espera que a capacidade da aviação venha a reduzir-se “de forma significativa” nos próximos anos para poder tirar partido para recuperar as perdas agora registadas, numa altura em que acaba de receber 210 novos Boeing 737s.

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