Açores vão receber 12 milhões da UE para enfrentarem alterações climáticas até 2030

Com um orçamento total de quase 20 milhões de euros, a equipa do projeto contribuirá para a execução de um programa regional de adaptação às alterações climáticas nas nove ilhas ao longo de 10 anos.

O projeto português que tem como objetivo ajudar os Açores a enfrentarem as alterações climáticas (LIFE IP CLIMAZ) foi um dos 12 selecionados pela Comissão Europeia para um investimento total de 121 milhões de euros no âmbito do Programa para o Ambiente e a Ação Climática (LIFE).

Na prática, este financiamento europeu ajudará o arquipélago dos Açores a tornar-se mais resiliente perante os fenómenos climáticos extremos. Com um orçamento total de quase 20 milhões de euros (dos quais cerca de 12 milhões são financiados pela UE), a equipa do projeto contribuirá para a execução de um programa regional de adaptação às alterações climáticas nas nove ilhas ao longo de 10 anos, entre janeiro de 2021 e dezembro de 2030.

O projeto permitirá à autoridade local – a Direção Regional do Ambiente –, executar um programa já existente de adaptação às alterações climáticas no arquipélago e que promoverá igualmente medidas noutros domínios, como a energia, a silvicultura e o turismo. Um dos principais objetivos é a mobilidade sustentável, neutra em carbono. A equipa do projeto incentivará também as comunidades locais a participarem na elaboração de roteiros de adaptação às alterações climáticas. Terá como exemplo e trabalhará de perto com outras regiões ultraperiféricas da UE.

Em comunicado, a Comissão Europeia anunciou esta quarta-feira um investimento de 121 milhões de euros em novos projetos integrados no âmbito do Programa para o Ambiente e a Ação Climática (LIFE). Este financiamento – que representa um acréscimo de 20 % relativamente a 2020 – fomentará a recuperação ecológica e ajudará 11 países — Bélgica, Alemanha, Irlanda, França, Itália, Letónia, Hungria, Países Baixos, Polónia, Portugal e Eslováquia — a atingirem os seus objetivos ecológicos.

Bruxelas quer que estes projetos integrados canalizem fundos adicionais significativos, ajudando os países a utilizar outras fontes de financiamento da UE, designadamente fundos agrícolas, estruturais, regionais e de investigação, bem como fundos nacionais e investimentos do setor privado.

“A concretização do Pacto Ecológico Europeu exige-nos que comecemos a mobilizar os recursos sem precedentes que estão disponíveis para a transição ecológica europeia no orçamento de longo prazo e no fundo de recuperação. Estes projetos integrados LIFE destinam-se a apoiar medidas concretas de proteção do ambiente, de recuperação da natureza e de promoção da biodiversidade. Este investimento ajudará países e regiões a enfrentar as crises climática e de biodiversidade e a construir um futuro justo e sustentável“, disse o vice-presidente executivo da Comissão Europeia, Frans Timmermans, no mesmo comunicado.

Por seu lado, Virginijus Sinkevičius, comissário com a tutela do Ambiente, Oceanos e Pescas, acrescentou: “É com grande expetativa que aguardo os efeitos deste novo investimento na economia, tornando-a mais ecológica, na natureza e na biodiversidade, reafirmando a importância de ambas, e na resiliência às alterações climáticas, melhorando-a, nestes 11 países. Os projetos integrados LIFE permitirão que os Estados-Membros tenham uma intervenção com importância real no ambiente e na vida das pessoas, possibilitando a execução de estratégias de longo prazo com muito mais recursos financeiros e capacidade do que os projetos LIFE tradicionais”.

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