Indústria não chega para travar recessão na Zona Euro
Índice dos gestores de compras (PMI) subiu em fevereiro devido à indústria, mas ainda não o suficiente para mostrar crescimento. Serviços fechados pelos confinamentos são a principal preocupação.
A economia da Zona Euro estará a entrar numa nova recessão devido ao impacto dos confinamentos na indústria da região. A projeção é feita pela consultora IHS Markit, que divulgou esta quarta-feira dados finais do índice compósito dos gestores de compras (PMI) de fevereiro. No mês passado, o indicador cresceu, mas continuou aquém do mínimo que indica crescimento.
O PMI — que é visto como barómetro da saúde das economias — fixou-se em 48,8 pontos em fevereiro, o que representa uma revisão em alta face à estimativa rápida de 48,1 e uma subida em relação aos 47,8 pontos de janeiro. No entanto, qualquer valor abaixo de 50 significa contração em vez de crescimento económico.
De acordo com o IHS Markit, o aumento está em grande parte relacionado com o reforço da indústria dado que grande parte das fábricas europeias mantém-se a operar, mas as restrições à generalidade das restantes áreas da economia preocupam.
“Uma quarta queda mensal consecutiva na atividade empresarial coloca a economia da zona do euro no rumo de uma dupla recessão“, alerta Chris Williamson, economista-chefe de negócios da IHS Markit. “Enquanto muitas empresas de hospitalidade no setor de serviços continuam em dificuldades devido às restrições relacionadas com a Covid-19, a indústria está a ter um bom desempenho e a aliviar o impacto económico geral do confinamento”.
Nos primeiros dois trimestres de 2020, a economia da Zona Euro contraiu devido ao impacto do primeiro confinamento. Após uma retoma durante o verão, houve novo recuo de 0,7% no último trimestre do ano passado. Apesar dos receios ligados às novas estirpes, a expectativa é que a vacinação massiva possa impulsionar a recuperação.
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