Marcelo apela a construção de economia “baseada no desenvolvimento humano”

  • Lusa
  • 19 Março 2021

Marcelo relembra que o "crescimento económico sustentável e inclusivo" e um "emprego pleno, produtivo e digno para todos" são os objetivos para um desenvolvimento sustentável estabelecidos pela ONU.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, apelou esta sexta-feira à construção de “economias [europeias] baseadas no desenvolvimento humano”, através da transição digital e verde, ajudando os jovens a encontrar emprego e apoiando a igualdade de género.

Numa mensagem vídeo que encerrou a edição de 2021 do Dia Digital, o chefe de Estado português começou por recordar os objetivos para um desenvolvimento sustentável estabelecidos pelas Nações Unidas, que incluem o “crescimento económico sustentável e inclusivo” e um “emprego pleno, produtivo e digno para todos”.

Esses objetivos são “essenciais e estão interligados agora mais do que nunca”, sendo a criação de emprego, a inovação, a qualificação e requalificação e o acesso universal ao conhecimento e às novas tecnologias as causas “fundamentais” do progresso, defendeu.

Nas palavras de Marcelo, a transição digital “anda de mãos dadas com uma sociedade e uma economia responsáveis e justas“, pois “sem um desenvolvimento sustentável para a economia, todos sofrerão ainda mais com as consequências das mudanças climáticas”.

O Presidente da República enalteceu o Dia Digital como “mais uma iniciativa que fortalece a União Europeia” (UE) e que “contribui para uma recuperação verde, digital e justa da economia, baseada na qualificação, na inovação e na garantia dos direitos sociais”.

Durante esta iniciativa da Comissão Europeia, organizada em parceria com o Ministério da Economia e da Transição Digital no âmbito da presidência portuguesa do Conselho da UE, os Estados-membros assinaram três declarações que, segundo Marcelo Rebelo de Sousa, visam colmatar “muitas das falhas que existem ao nível do digital na Europa”.

Marcelo alertou para as “lacunas” nas qualificações e habilidades na área digital, que aumentaram com a crise pandémica, e apelou, por isso, para que “as ferramentas digitais estejam presentes desde o início em todos os níveis de educação” e para que “as habilidades das pequenas e médias empresas, bem como dos seus funcionários, sejam melhoradas, de modo a atrair novos talentos”.

Ao mesmo tempo, lembrou as “assimetrias” existentes ao nível do envolvimento das mulheres em processos de tomada de decisão e dos jovens à procura do primeiro emprego, que são também “questões fundamentais” que a UE tem de enfrentar.

“Queremos reverter essas desigualdades, especialmente aquelas que têm sido exacerbadas pelas restrições provocadas pela pandemia de covid-19, ajudando os jovens a encontrar emprego, apoiando a igualdade de género e o empreendedorismo. Devemos garantir que todos têm salários decentes por um trabalho decente”, defendeu.

Nesse sentido, o chefe de Estado pediu que Estados, governos, autarquias locais e regionais, empresas, administrações e cidadãos coloquem “as palavras em prática” e concretizem “as assinaturas que farão a Europa liderar a nível internacional para um crescimento socialmente inclusivo e ambientalmente responsável”.

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