“Há muito em jogo se arriscarmos a fazer pouco pelas nossas economias”, avisa João Leão
Os ministros das Finanças discutem a manutenção da suspensão das regras de disciplina orçamental em 2022. João Leão considera que Europa deve manter "flexibilidade" para proteger famílias e empresas.
À “entrada” para a reunião virtual do Ecofin, que vai discutir a manutenção da suspensão das regras de disciplina orçamental em 2022, o ministro das Finanças português alertou para o perigo de retirar os apoios à economia nesta altura. “Há muito em jogo se arriscarmos a fazer pouco pelas nossas economias, para todos os negócios e para todos os cidadãos”, disse João Leão.
“A política orçamental tem sido um instrumento vital para ajudar as famílias e manter as empresas vivas. A luta não acabou. O vírus continua a ser um desafio para a saúde pública e para as nossas economias“, lembrou o ministro português que irá presidir à reunião dos ministros das Finanças da União Europeia que decorrerá de forma virtual.
Além da chamada “cláusula de escape”, que diz respeito à suspensão das regras de disciplina orçamental, o Ecofin irá debruçar-se sobre as perspetivas económicas para a região. Há um ponto positivo: as campanhas de vacinação já estão em marcha. “Vemos a luz ao fundo do túnel e antecipamos um forte segundo trimestre”, afirmou João Leão num vídeo publicado na rede social Twitter.
“Contudo, a incerteza continua a ser muito elevada e uma política orçamental coordenada deve continuar a ser a nossa prioridade”, avisou.
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João Leão deu ainda conta das três prioridades que devem estar em cima da mesa. “Em primeiro lugar, devemos manter as medidas de apoio temporárias durante o tempo que for necessário; em segundo lugar, assim que a situação sanitária melhorar, devemos ter políticas de crescimento e medidas direcionadas para os setor mais vulneráveis; em terceiro, assim que a recuperação estiver em curso, as preocupações de sustentabilidade a médio prazo devem ser discutidas”, elencou.
No final, o ministro das Finanças sublinhou que o plano de recuperação e resiliência será “chave” para o futuro da economia europeia. “Irá permitir aos estados membros elevados níveis de investimento que irá criar empregos, promover o crescimento e apoiar uma transição digital e verde, sem criar um fardo sobre as dívidas públicas”, destacou João Leão. A implementação desses planos a nível nacional vai ser uma prioridade para a Presidência portuguesa do Conselho da União Europeia neste semestre, disse ainda o governante português.
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