Chocolates da Imperial vendidos a empresa espanhola

A maior fabricante de chocolates a nível nacional foi vendida pelo fundo Vallis à espanhola Chocolates Valor. Com esta aquisição, o grupo espanhol reforça a sua posição no setor ibérico do chocolate.

A Imperial, a maior fabricante de chocolates do país, foi vendida pelo fundo Vallis ao grupo espanhol Chocolates Valor. A empresa portuguesa conta com mais de 90 anos de história e é detentora de marcas emblemáticas como Regina, Jubileu, Pantagruel, Pintarolas e Allegro. O valor da transação não foi revelado.

“O fundo Vallis Sustainable Investments I informa que acordou com a Chocolates Valor a alienação de 100% do capital da Imperial“, revelou a empresa de capital privado (private equity) num comunicado. A Vallis tinha adquirido a chocolateira Imperial ao Grupo RAR em 2015, igualmente por um montante publicamente desconhecido.

Durante os cinco anos em que fez parte do portefólio da Vallis, a Imperial registou um percurso de sucesso, sustentado no reconhecimento pelos seus clientes da qualidade dos seus produtos, da notoriedade das suas marcas, e num ambicioso plano de reforço da sua capacidade industrial, que representou um investimento superior a 16 milhões de euros em cinco anos, assegura o fundo.

Com esta operação, a Chocolates Valor concretiza a sua primeira operação de aquisição internacional e reforça a sua posição no setor ibérico do chocolate. A combinação das duas empresas potenciará o desenvolvimento dos seus negócios, reforçando e projetando as suas marcas e maximizando as sinergias de ambas.

O presidente executivo da Vallis Capital Partners, Eduardo Rocha, referiu que “é com satisfação que, com esta transação, a Imperial vê reconhecido o seu percurso ao longo dos últimos cinco anos, nos quais consolidou o prestígio e notoriedade das suas marcas, ao mesmo tempo que investiu na modernização das suas instalações industriais. Além disso, afirmou a sua convicção de que a Chocolates Valor, pela sua solidez e reputação no setor será o acionista certo para continuar potenciar o crescimento da Imperial”, afirmou, citado na mesma nota.

Noutra informação enviada à imprensa, Pedro López, presidente executivo da Chocolates Valor, indicou que “a Imperial enquadra de forma perfeita todos os requisitos que procurávamos: é uma empresa especialista em chocolate, muito querida e enraizada em Portugal, com marcas de qualidade e tradição, com sabores únicos, com uma sólida estrutura de fabrico, uma boa abordagem ao mercado e com um portefólio complementar ao da Chocolates Valor.”

“Tratou-se de uma decisão cuidada e que resultou do facto de termos encontrado uma empresa com a qual nos identificamos e que nos complementa. O nosso roadmap integra o crescimento orgânico e inorgânico, e nesse sentido analisamos inúmeras propostas para encontrar o parceiro de viagem perfeito”, destacou também o gestor.

A operação encontra-se sujeita a decisão de não-oposição pela Autoridade da Concorrência. A Imperial, que conta com um volume de negócios de 33 milhões de euros, exporta para mais de 50 países nos cinco continentes e produz cerca de seis mil toneladas de chocolate por ano. No ano passado, marcado pela pandemia, a maior fabricante de chocolates a nível nacional registou um crescimento de cerca de 5% em comparação com o ano anterior.

Compra vai “potenciar” negócio, cá e lá fora

A empresa espanhola explicou ao ECO que tem a intenção de manter toda a equipa da Imperial a laborar e que o seu maior objetivo é “potenciar a complementaridade de ambas as empresas e potenciar o seu know-how enquanto especialistas em chocolate”.

Neste sentido, a Chocolates Valor adianta que a missão passa por reforçar tanto as marcas, que são fortes e com grande tradição (Regina, Jubileu, Pantagruel, Pintarolas, entre outras), como o resto do negócio da empresa, dentro e além-fronteiras. Tanto para a Imperial como para a empresa espanhola, líder no setor de chocolate, “a inovação e a internacionalização sempre foi uma prioridade estratégica” e nesse sentido, a Chocolates Valor “tem como objetivo continuar a potenciar”.

A empresa espanhola Chocolates Valor produz mais de 22 mil toneladas de chocolate a partir das suas fábricas e no período de julho 2019 a junho 2020 obteve um volume de negócios de 138 milhões de euros.

(Notícia atualizada às 17h39 com mais informação)

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