Altri injeta 69,95 milhões na Greenvolt para preparar o IPO

A Greenvolt tinha um capital social de apenas 50 mil euros até agora. Com esta operação, o capital social da empresa sedeada no Lugar da Leirosa aumenta para 70 milhões de euros.

A Altri está a preparar a dispersão em bolsa do seu negócio de energias renováveis. Enquanto avalia a operação, vai preparando a Greenvolt para esse passo, tendo decidido aumentar o capital da potencial nova cotada da bolsa nacional. Injetou 69,95 milhões de euros na empresa que será comandada por João Manso Neto.

De acordo com Portal da Justiça, este aumento de capital foi realizado a 1 de abril. Foi feito através da “incorporação de reservas livres no valor de 19.950.000,00, com a emissão de 3.990.000 novas ações a distribuir pelos acionistas na proporção das respetivas participações”, mas também com a entrada de dinheiro.

Em “cash”, foram injetados 50 milhões de euros, mediante a emissão de 10 milhões de novas ações do valor nominal de 5,00 euros cada uma, subscrevendo no aumento em dinheiro a Altri (7.500.000 ações) e a Caima Energia (2.500.00 ações)”, lê-se no Portal da Justiça.

A Greenvolt tinha um capital social de apenas 50 mil euros até agora. Com esta operação, o capital social da empresa sedeada no Lugar da Leirosa aumenta para 70 milhões de euros. Este capital passa a ser representado por um total de 14 milhões de ações.

O aumento de capital é mais um passo dado pela Altri rumo à colocação em bolsa da empresa que tem como CEO João Manso Neto, antigo líder da EDP Renováveis. O ECO questionou a Altri sobre este reforço do capital da Greenvolt mas não obteve ainda uma resposta.

Foi a 18 de março que a Altri revelou que contratou a Lazard Asesores Financieros e a Lazard Frères Banque, mas também que mandatou a Vieira de Almeida & Associados para estudar um IPO da Greenvolt. A acontecer, a Altri prepara-se para dar aos seus acionistas uma parte do capital desta potencial nova cotada.

“O Conselho de Administração da Altri está a avaliar a possibilidade de proporcionar aos seus acionistas, na proporção das ações representativas do capital social da Altri de que sejam titulares em determinada data a definir oportunamente, a aquisição, por via de uma distribuição de dividendos em espécie/distribuição de bens aos sócios de ações representativas do capital social da Greenvolt“, refere a empresa em comunicado enviado à CMVM.

A proposta a ser votada na assembleia geral de 30 de abril prevê “a distribuição de dividendos em espécie (podendo revestir a forma de distribuição antecipada de lucro ou a atribuição de um dividendo extraordinário aos acionistas)/distribuição de bens aos sócios (…) até ao máximo global de cinco milhões de ações” da potencial nova cotada.

Estes cinco milhões de títulos poderão ser, no final, menos. A Altri diz que o número de ações será aquele “que, à data do IPO, representar no máximo 5% do capital social e dos direitos de voto da subsidiária integralmente detida”, a Greenvolt.

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