Ativos tóxicos do Novo Banco cobertos pelo FdR deram juros de 100 milhões
Ativos problemáticos do Novo Banco, que estão no perímetro do acordo de capital contingente, geraram juros de 101 milhões, que serviram para abater ao montante coberto pelo Fundo de Resolução.
Os ativos problemáticos do Novo Banco que estão no perímetro do acordo de capital contingente (CCA) geraram, em 2019, proveitos com juros no valor de 101 milhões de euros, que serviram para abater ao montante coberto pelo Fundo de Resolução, segundo o relatório de auditoria especial da Deloitte.
“De acordo com as informações disponibilizadas pelo Novo Banco, o valor acumulado líquido dos juros gerados pelas operações de crédito abrangidas pelo CCA entre 1 de julho de 2016 e 31 de dezembro de 2019 ascendeu a 464 milhões de euros, dos quais 101 milhões de euros gerados em 2019“, revela a auditoria que foi tornada pública na sexta-feira pelo Parlamento numa versão rasurada.
“De referir que, nos termos do CCA, os juros recebidos pelo Novo Banco são deduzidos no cálculo do valor de referência dos ativos relevante para a determinação do montante coberto pelo mecanismo“, acrescenta a auditoria.
A Deloitte refere ainda que os juros recebidos nestes ativos problemáticos “são igualmente contabilizados para o cálculo que, nos termos do CCA, será feito na maturidade do contrato e que prevê uma potencial devolução ao Fundo de Resolução da diferença, se positiva, entre esses juros ao longo da execução do contrato e as perdas líquidas não utilizadas“.
Por outro lado, em relação a estes mesmos ativos do CCA, que totalizavam os 2,3 mil milhões de euros no final de 2019, quando os juros não são liquidados pelos devedores, eles são acrescidos ao seu valor líquido contabilístico dos créditos.
“Como tal, poderão ser sujeitos ao registo de imparidade que por sua vez será considerado no apuramento das perdas líquidas geradas no âmbito do CCA”, considera a Deloitte.
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