Metro de Lisboa vai crescer. Terá linha circular e 58 estações

O Metropolitano de Lisboa prevê abrir a nova linha circular ao público no final de 2024. As obras arrancam este ano, contemplando a criação de duas novas estações.

As obras na linha circular no Metro de Lisboa vão arrancar. O projeto prevê ligar o Rato ao Cais do Sodré, com novas estações em Santos e na Estrela, e assim criar uma nova linha verde interligada, num investimento de 210,2 milhões de euros. Os trabalhos deverão terminar entre o final de 2023 e início de 2024, e a nova linha está prevista abrir ao público em 2024.

Quais são os passos para esta expansão do metro da capital? Foi já assinado o auto de consignação do Lote 1 do Plano de Expansão, esta quarta-feira, pelo que as obras podem avançar. Isto depois de em 2020 terem sido adjudicadas as empreitadas previstas na expansão, e realizados os trabalhos preparatórios.

Quanto às novas estações, a da Estrela “localizar-se-á ao cimo da Calçada da Estrela, em frente à Basílica da Estrela, com acesso na extremidade Sul do Jardim da Estrela, no antigo Hospital Militar”, explica o Metro, no site. Já a de Santos “ficará localizada a Poente do quarteirão definido pela Av. D. Carlos I, Rua das Francesinhas, Rua dos Industriais e Travessa do Pasteleiro”.

2021 é o ano em que arrancam as obras da linha circular. Isto depois de ter sido oficialmente adjudicada a primeira empreitada da construção da linha, concretamente uma parte da expansão da rede desde o Rato até Santos. A empresa contratada foi a Zagope-Construção e Engenharia, pelo preço contratual de 48,6 milhões de euros mais IVA.

O Tribunal de Contas já deu visto prévio favorável aos contratos para executar outras das empreitadas neste projeto, nomeadamente o prolongamento para Santos e para a Nascente do Campo Grande. A adjudicação da empreitada do Lote 2, para a construção entre a Estação de Santos e o Cais do Sodré, coube ao agrupamento constituído pelas sociedades Mota Engil/SPIE BatignollesInternational, com o valor de 73,5 milhões de euros.

Para o Lote 3, a construção dos novos viadutos sobre a Rua Cipriano Dourado e sobre a Av. Padre Cruz, na zona do Campo Grande, prevendo a ampliação da estação do Campo Grande para Nascente, coube ao consórcio da Teixeira Duarte/Somafel a adjudicação, por um valor de 19,5 milhões de euros.

Esta obra é necessária para permitir a circulação da nova linha, nomeadamente ao ligar a atual linha Verde do lado de Alvalade com a Amarela do lado da Cidade Universitária. Já a linha Amarela, na extensão Campo Grande – Odivelas, será ligada ao troço de Telheiras.

Estes contratos ainda vão passar por alguns processos, como autorizações para “trabalhos arqueológicos para a realização das sondagens de diagnóstico para o troço previsto no Lote 2”, sendo que se deverão realizar sondagens arqueológicas na zona no primeiro semestre deste ano.

Para o Lote 3 “o contrato terá desenvolvimento com a implementação do plano de sondagens complementares de suporte ao projeto de execução, no âmbito da fase inicial de conceção dos trabalhos contratados”, indicava o Metro em fevereiro.

Para o segundo semestre de 2022, está prevista a entrega da primeira unidade tripla. Isto já que o projeto de modernização da rede do Metropolitano “revê um investimento de 114,5 milhões de euros num novo sistema de sinalização ferroviária CBTC (Communications-Based Train Control) nas linhas Azul, Verde e Amarela, que inclui a aquisição de 14 novas unidades triplas”, segundo adianta a empresa.

Já no quarto trimestre de 2023 o Metro planeia ser entregue a última unidade tripla (que depende do visto prévio do Tribunal de Contas, após o qual é feita a adjudicação).

Finalmente, depois de todos estes passos, o Metro espera abrir ao público a nova linha circular no último trimestre de 2024. De recordar que, quando foi inicialmente apresentado, em 2017, o plano previa concluir os trabalhos até ao final de 2021.

Após as obras, o Metropolitano terá 58 estações, 46,5 quilómetros de rede, as quatro linhas que tem já mas com uma configuração diferente, e 375 carruagens.

O investimento total previsto para esta fase de expansão do Metropolitano de Lisboa é de 210,2 milhões de euros, montante que será cofinanciado em 127,2 milhões pelo Fundo Ambiental e em 83 milhões pelo Fundo de Coesão, através do POSEUR – Programa Operacional de Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos.

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