Desemprego recua para 6,5% em março. Está em mínimos de maio de 2020

A taxa de desemprego desceu para 6,5 %, em março, indicam os dados do INE. A subutilização do trabalho também diminui, no terceiro mês de 2021.

Em março, o desemprego recuou. De acordo com os dados publicados, esta quinta-feira, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), taxa fixou-se em 6,5%, menos 0,3 pontos percentuais (p.p.) do que no mês anterior, mas 0,2 p.p. acima do valor registado no período homólogo. Tocou, assim, mínimos de maio de 2020. No terceiro mês de 2021, também a taxa de subutilização do trabalho decresceu, na variação em cadeia, e a população empregada aumentou.

Segunda a nota divulgada pelo INE, em março, mês em que o país começou a desconfinar — depois de ter estado dois meses fechado para mitigar a propagação do vírus pandémico –, a população empregada cresceu 0,3%, face a fevereiro, e a população desempregada caiu 4,2%,na variação em cadeia. Já em comparação com o período homólogo, o primeiro desses indicadores subiu 0,6% e o segundo agravou-se em 3,7%.

Quanto à taxa de desemprego, o INE revela que se situou em 6,5%, menos 0,3 p.p. do que em fevereiro, mas mais 0,2% do que no mesmo mês de 2020, altura em que foram identificados os primeiros casos de Covid-19 em Portugal e foram colocadas no terreno as primeiras restrições à vida dos cidadãos e das empresas.

Com os referidos 6,5%, em março, a taxa de desemprego tocou, assim, mínimos de maio de 2020, ocasião em que estava nos 6%; E caiu pelo segundo mês consecutivo, tendo registado em fevereiro um recuo menos significativo (0,1 p.p.).

A contrariar, entre os jovens, a taxa de desemprego agravou-se, em março. Fixou-se em 23%, mais 0,1 p.p do que no mês anterior. Entre os adultos, a taxa de desemprego (5,4%) diminuiu. Já a taxa de emprego situou-se em 61,2%, mais 0,1 p.p. do que em fevereiro, mas menos 0,4 p.p. do que no mês homólogo.

No que respeita à subutilização do trabalho, março trouxe a nota positiva de que esta taxa recuou 0,5 p.p., na variação em cadeia, situando-se em 13,3%. Ainda assim, ficou 0,6 p.p. acima do valor registado em março de 2020. “Em março de 2021, a subutilização do trabalho
situou-se em 699,5 mil pessoas, o que corresponde a uma diminuição de 3,6% (26,1 mil) em relação a fevereiro de 2021 e de 2,9% (20,6 mil) relativamente a dezembro de 2020 e a um aumento de 5,3% (35,0 mil) por comparação com março de 2020″, observa o INE.

É importante explicar que a subutilização do trabalho inclui a população desempregada, o subemprego de trabalhadores a tempo parcial, os inativos à procura de emprego mas não disponíveis e os inativos disponíveis mas que não procuram emprego.

Esta quinta-feira, o INE adianta, por outro lado, que a população ativa diminui para 5.029,6 mil pessoas, menos 0,3% do que no período homólogo, mantendo-se praticamente inalterada face a a fevereiro de 2021. “Semelhante padrão foi observado para a taxa de atividade desse mês (65,5%): permaneceu inalterada quando comparada com fevereiro de 2021 e diminuiu 0,2 p.p. quando comparada, quer com dezembro, quer com março de 2020″, detalha-se na nota publicada esta quinta-feira.

Para “salvar” postos de trabalho e mitigar o impacto da pandemia de coronavírus nas contas das empresas, o Governo tem lançado vários apoios, como o popular lay-off simplificado e o apoio à retoma progressiva. O Executivo de António Costa estima, no Orçamento do Estado para 2021, que, no conjunto do ano, a taxa de desemprego se situe em 8,2%. Já o Banco de Portugal vê esse indicador nos 7,7%.

(Notícia atualizada às 11h38)

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