Moniz da Maia rejeita comparação com “estratégia” de Berardo para diluir garantia do Novo Banco

O empresário adiantou no Parlamento que Novo Banco soube do aumento de capital de uma empresa do grupo que foi dada em garantia. E recusou que tivesse sido estratégia para diluir penhor do banco.

Bernardo Moniz da Maia recusou que o aumento de capital na sociedade Euro-Yser, no início de 2019, tivesse como objetivo diluir a participação dada como penhor ao Novo Banco por conta de dívidas da Sogema de 330 milhões. E rejeitou comparações com aquilo que aconteceu na Associação Coleção Berardo, onde o reforço de capital serviu para reduzir as posições dos bancos, segundo Mariana Mortágua.

“Essa questão da diluição não é bem assim. A Euro-Yser é um dos casos em que se não houvesse aumento de capital, pelos investidores, ia à falência”, declarou o empresário esta sexta-feira na comissão de inquérito às perdas do Novo Banco.

Ao que a deputada do Bloco de Esquerda respondeu: “Essa foi a estratégia que Berardo usou na Coleção Berardo. Essa estratégia tem um nome que é calote, calote ao Novo Banco”. Mariana Mortágua lembrou que esta operação surgiu depois de falhado um acordo de reestruturação com o Novo Banco para a dívida e na qual o banco pediu um reforço das garantias.

Moniz da Maia rejeitou esse paralelismo com Berardo. “Não há aqui comparações sobre estratégias”, ripostou o administrador do grupo Sogema.

Também revelou que o Novo Banco “estava a par” do aumento de capital que foi realizado na Euro-Yser, mas não se lembra de o banco ter dado autorização para a operação. Mariana Mortágua contestou que o banco tivesse sabido pois “foi para execução judicial por não ter sido informado destas ações de capital”.

“Há muita informação que vem para fora que não está correta”, respondeu Moniz da Maia.

Hoje em dia, a empresa é detida pela família Sarga. Moniz da Maia disse ser conhecido de Ricardo Sarga, mas não tem qualquer relação com ele.

(Notícia atualizada às 18h31)

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