Marcelo pede ao retalho para “unir esforços” face aos “maiores concorrentes” do digital
"A reconstrução do futuro no setor da distribuição não está isenta de desafios", disse o Presidente da República, acrescentando que o futuro é "sustentável".
O futuro do retalho passa inevitavelmente pela digitalização, numa altura em que o comércio online ganhou terreno devido à pandemia. Nesse sentido, o Presidente da República aconselha os retalhistas a “unir esforços” contra os “maiores concorrentes” do e-commerce, aproveitando as oportunidades que a “economia do futuro” vai trazer. Também o ministro da Economia antecipa que “muita coisa vai mudar” para os consumidores e retalhistas.
“Estamos a dar os primeiros passos no processo de término da pandemia, com um desconfinamento sensato. A reconstrução do futuro no setor da distribuição não está isenta de desafios“, começou por dizer Marcelo Rebelo de Sousa esta quarta-feira, durante a Spring Conference da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), que contou com a presença da Sonae e da Jerónimo Martins.
O Chefe de Estado salientou a “persistência inimaginável” do retalho nos últimos meses, ao mesmo tempo que se assistiu a uma “flexibilidade no ajustamento aos limites da migração para o comercio eletrónico”.
E, nesta vantagem que o e-commerce ganhou devido à pandemia, Marcelo nota que “não é possível, nem desejável” voltar onde o país estava antes da pandemia. “Há que unir esforços, mesmo relativamente aos maiores concorrentes, que são todos parte de uma cadeia de valor”, disse, referindo-se aos gigantes de comércio online, com a Amazon.
O futuro é “sustentável”, disse o Presidente da República, elencando que trará inovação, competitividade, menos plástico, mais circularidade e menor desperdício. Mas tudo isso terá de ser acompanhado por “remunerações cada vez mais justas” para os trabalhadores do retalho.
Presente na mesma conferência esteve o ministro da Economia, que corroborou as declarações de Marcelo, afirmando que “o retalho será tremendamente afetado pela digitalização” e que “haverá uma mudança muito significativa na atitude dos consumidores” e na “forma como os retalhistas têm acesso a canais de distribuição”.
Para este ano, Pedro Siza Vieira antecipa dois fenómenos: “O consumo vai voltar ao normal muito rapidamente e vai surgir uma necessidade de se continuar a investir. Espero que os operadores tragam ideias para que os continuemos a apoiar financeiramente”, rematou.
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