Transporte rodoviário de mercadorias foi o único que escapou à pandemia no primeiro trimestre

No que toca aos passageiros, o caso dos aeroportos nacionais é o mais grave dado que movimentaram apenas 1,5 milhões de passageiros, contraindo 84,4% face ao mesmo período do ano passado.

Apesar do segundo confinamento, as mercadorias continuaram a circular em Portugal. O transporte rodoviário de mercadorias cresceu 8,3%, em termos homólogos, no primeiro trimestre deste ano para um total de 37,4 milhões de toneladas. Os restantes modos de transporte de mercadorias e passageiros, seja aviação, ferrovia ou marítima, registaram descidas, de acordo com os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) esta segunda-feira.

“Em volume, medido em toneladas-km (tkm), o crescimento foi mais elevado (+17,6%), correspondendo a 8,3 mil milhões de tkm (-14,7% no quarto trimestre)“, acresce o gabinete de estatística, assinalando que “ambos os tipos de transporte, nacional e internacional, registaram variações positivas (+3,5% e +24,4%, respetivamente)”. Ou seja, aumentaram face ao primeiro trimestre de 2020, o qual só foi afetado pela pandemia na segunda quinzena de março.

Estes valores poderão refletir a evolução das exportações de bens em Portugal que também cresceram no primeiro trimestre, inclusive face a 2019, o que surpreendeu os economistas pela positiva. Acresce que o investimento também foi muito mais resiliente do que o esperado durante o segundo confinamento.

Já os outros meios de transporte não tiveram o mesmo desempenho. “O agravamento da crise pandémica no início do ano corrente determinou que, de forma geral, se tivesse acentuado no primeiro trimestre de 2021 a redução de passageiros, em termos homólogos, nos vários meios de transporte“, resume o INE no destaque divulgado esta segunda-feira.

Em relação ao transporte de mercadorias, a via aérea foi a que mais sofreu com uma queda homóloga de 21,7%. O transporte de mercadorias por via ferroviária e marítima registou decréscimos menos acentuados: -2,4% e -3,6%, respetivamente.

No que toca aos passageiros, o caso dos aeroportos nacionais é o mais grave dado que movimentaram apenas 1,5 milhões de passageiros, contraindo 84,4% face ao mesmo período do ano passado.

O transporte de passageiros por comboio e metropolitano sofreu menos ao cair 51,4% e 65,6%, respetivamente, num total de 18,9 e 20,3 milhões de passageiros movimentados. O transporte por via fluvial desceu 58,8%, atingindo os 1,8 milhões de passageiros.

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