Funcionários públicos aumentam 2,8% em ano de pandemia
"Em 31 de dezembro de 2020, o emprego nas administrações públicas situava-se em 718 947 postos de trabalho", indica BOEP. Universo de funcionários públicos cresceu 2,8% face a 2019.
No último ano, o número de pessoas empregadas nas Administrações Públicas fixou-se em 718.947, um salto de 2,8% face ao período homólogo, indica o Boletim Estatístico de Emprego Público divulgado esta sexta-feira. Para esta evolução contribuiu “essencialmente o subsetor da Administração Central”, que hoje já representa mais de 75% do emprego nas Administrações Públicas.
Enquanto na Administração Central o ano de 2020 foi sinónimo de um salto de 3,4% do número de postos de trabalho (isto é, mais 17.750 pessoas empregadas que em 2019), na Administração Regional e Local o crescimento foi de 1,4%, face ao último semestre de 2019. O BOEP detalha que, entre as várias atividades económicas, as atividades de saúde humana e apoio social destacaram-se, com uma variação homóloga de 6,1% dos empregos, o equivalente a mais 9.318 postos de trabalho. Seguiu-se a educação, com mais 8.145 postos de trabalho do que em 2019.
Por outro lado, o boletim divulgado esta sexta-feira indica que 63% das saídas definitivas de trabalhadores das Administrações Públicas deu-se pela passagem à reforma ou aposentação. Em causa estiveram 12.976 saídas.
No que diz respeito à taxa de feminização, o BOEP sinaliza que, em dezembro de 2020, seis em cada dez trabalhadores das Administração Públicas eram mulheres, sendo a taxa de participação feminina superior à verificada no mercado de trabalho em geral (61,2% contra 49,9%). Também o nível de tecnicidade do emprego — indicador medido pelo peso dos trabalhadores com ensino superior — era, no final de 2020, superior nas Administrações Públicas ao registado para a generalidade da população atividade (54,3% contra 32,4%).
Quanto à caracterização etária do emprego público, há a notar que 63,1% dos trabalhadores das Administração Pública tinham mais de 45 anos de idade, sendo as áreas governativas das Finanças e da Agricultura aqueles que apresentam emprego mais envelhecido. Já a área da Defesa Nacional verificou a maior fatia de trabalhadores com menos de 24 anos. O BOEP salienta que “a distribuição do emprego por sexo e escalão etário revela uma quebra acentuada do número de trabalhadores entre os 25 e os 34 anos, mais evidente no caso das mulheres”.
Contas feitas, a idade média estimada no conjunto dos trabalhadores das Administrações Públicas fixou-se em 47,7 anos, sendo superior à idade média da população ativa do país (43,8 anos). Foi no subsetor dos Fundos de Segurança Social (51,6 anos) e na Administração Local (49,4 anos) que se registaram os valores mais elevados deste indicador.
Quanto às remunerações, o BOEP indica que a remuneração base média mensal subiu para 1.532,2 euros, estando em causa um acréscimo de 1,8%. Já o ganho médio mensal fixou-se em 1.788,9 euros, mais 1,2% do que em 2019.
(Notícia atualizada às 21h24)
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