Regresso ao estado de emergência? “Não há impossibilidades totais”, diz Marta Temido

Questionada sobre um eventual regresso ao estado de emergência, Marta Temido afirmou que o contexto epidemiológico é distinto do "início do ano”, mas disse que “não há impossibilidades totais”.

A ministra da Saúde considera que o contexto epidemiológico de Portugal é distinto do “início do ano”, uma vez que o crescimento do número de infeções “não é acompanhado pelo mesmo número de internamentos e óbitos”. No entanto, quando questionada sobre um eventual regresso ao estado de emergência, Marta Temido disse que “não há impossibilidades totais”, mas lembrou que a decisão compete ao Presidente da República e, depois, ao Parlamento.

“As condições que hoje enfrentamos em termos epidemiológicos são distintas do início do ano”, apontou a ministra da Saúde na audição regimental da Comissão da Saúde no Parlamento, acrescentando que, com o maior ritmo de vacinação, o crescimento de casos “não é acompanhado pelo mesmo número de internamentos e de óbitos e do início do ano“.

Porém, numa resposta ao deputado social-democrata Ricardo Baptista Leite, sobre se o Governo admite ir mais longe nas medidas para o combate à pandemia ou, eventualmente, que o país regresse ao estado de emergência, Marta Temido não afastou liminarmente essa hipótese, referindo que “não há impossibilidades totais”, mas sim “necessidades de avaliação constante”.

Nesse sentido, e em linha com o que já tinha avançado anteriormente, Marta Temido sinalizou que também a Assembleia da República e o Presidente da República têm “uma palavra” na decisão, pelo que “saberão em cada tempo desta evolução voltar ou não voltar a recorrer a mecanismos que a lei tem especificados”. Recorde-se que o estado de emergência apenas pode ser proposto pelo Presidente da República, ouvido o Governo, e tem que passar pelo Parlamento para ser aprovado.

Além disso, a governante assinalou que, neste momento, a grande aposta para “a corrida contra a variante Delta” centra-se no avanço da “vacinação e não através de outras medidas”. Relativamente às longas filas que se têm registado em vários centros de vacinação espalhados pelo país, Marta Temido garante que há “confiança na forma como tem sido gerido o processo” e que “os resultados estão à vista”. “Somos o país da União Europeia com mais vacinas administradas”, destacando que, nas últimas 24 horas, foi batido um novo recorde com mais de 154 mil vacinas administradas.

Quanto às metas delineadas pela task force, a ministra indicou que o objetivo é “que consigamos ter durante os primeiros dias de agostomais de 60% da população com a primeira dose da vacina e “mais de 50% da população com a vacinação completa”. Ao mesmo tempo, Marta Temido assegurou que “ao longo do mês de agosto o trabalho não vai parar”, pelo que o objetivo é aumentar progressivamente o ritmo de vacinação com o intuito de “chegar a meados de setembro com a vacinação completa em mais de 70%” da população portuguesa e com mais de 90% com, pelo menos, dose da vacina contra a Covid-19.

(Notícia em atualizada pela última vez às 11h06)

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