Banco de Fomento apoiou cerca de 10.500 empresas no primeiro semestre

  • ECO
  • 22 Julho 2021

Assembleia geral do Banco de Fomento realizou-se terça-feira, depois de ter sido convocada com caráter de urgência. Foram aprovados os corpos sociais com exceção do chairman, Vítor Fernandes.

O Banco Português de Fomento (BPF) apoiou, no primeiro semestre de 2021, cerca de 10.500 empresas portuguesas, atingindo os 1.682 milhões de euros em financiamento garantido, revela o comunicado que a instituição enviou às redações esta quinta-feira, dois dias depois de ter realizado a assembleia geral convocada com caráter de urgência, tal como avançou o Público (acesso condicionado) e na qual foram aprovados os corpos sociais com exceção do chairman, Vítor Fernandes, cuja nomeação está em stand-by.

“Através de linhas com garantia pública, o BPF mobilizou 1.331 milhões de euros em garantias emitidas”, lê-se no comunicado. “Os efeitos multiplicadores deste produto demonstram que a afetação de fundos públicos possibilitou, neste primeiro semestre, garantir um financiamento de 1.682 milhões de euros a mais de dez mil empresas portuguesas, que asseguram emprego a cerca de 66 mil trabalhadores”, acrescenta o meso documento.

Além dos milhões de financiamento garantido, o BPF também apoiou empresas através do coinvestimento de 44,5 milhões de euros, através de instrumentos de capitalização, e ainda pelo financiamento de 8,7 milhões de euros aprovado em instrumentos de dívida.

A presidente executiva da instituição, Beatriz Freitas, citada no mesmo comunicado, afirma que “ao longo dos primeiros seis meses de 2021, o Banco Português de Fomento manteve o foco no desenvolvimento e na disponibilização de novos instrumentos de financiamento à economia, no âmbito das medidas alívio do impacto da pandemia COVID-19, mas também no desenvolvimento de novas soluções que irão canalizar os fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para as empresas nacionais no decorrer dos próximos anos”.

O banco tem seis linhas específicas com garantia lançadas este ano (as linhas covid direcionada2s aos setores fortemente impactados pela pandemia) com uma dotação global de 1,56 mil milhões de euros, 32 produtos neste segmento, “aos quais corresponde uma dotação global superior a 5,6 mil milhões de euros”. Além disso, tem ainda 13 produtos ativos ao nível dos instrumentos de capital, “tendo investido em 46 empresas, assegurando a criação de mais 535 novos postos de trabalho”. “Ao longo do semestre, foram aprovadas 60 operações de capitalização em empresas, que correspondem a um investimento total de 44,5 milhões de euros, dos quais o BPF alocou 16,2 milhões euros”, especifica a instituição dando nota ainda que “foram registadas operações de desinvestimento em 44 empresas, num montante total de 31,1 milhões”.

“Já na tipologia de instrumentos de dívida ou financiamento, o Banco Português de Fomento apoiou 11 empresas, através de 11 operações de financiamento que, na sua totalidade, ascenderam a 8,7 milhões de euros de financiamento aprovado contribuindo para a criação e manutenção de pelo menos 221 postos de trabalho”, diz o comunicado, precisando que no primeiro trimestre, “estima-se que a atividade neste segmento tenha tido um impacto potencial de 17,3 milhões de euros na economia portuguesa”.

Sobre a assembleia geral eletiva nem uma referência no comunicado. Mas, de acordo com o Público, a assembleia eletiva realizou-se na terça-feira, depois de ter sido convocada de urgência no dia 15. Os acionistas do banco (Iapmei, Aicep, DGTF e Turismo de Portugal) aprovaram a constituição dos órgãos sociais, a política remuneratória e o modelo de governação. O ECO pediu confirmação oficial desta informação, mas até à publicação deste artigo não obteve resposta.

Esta assembleia pode realizar-se depois de o Banco de Portugal ter dado luz verde a toda a equipa, assim como a Cresap, tal como o ECO avançou em primeira mão em ambos os casos. Mas depois de o nome de Vítor Fernandes ter sido envolvido na Operação Cartão Vermelho, o Banco de Portugal já admitiu voltar a analisar as condições do antigo administrador do Novo Banco e da Caixa Geral de Depósitos, apesar de ter passado a primeira vez na avaliação de fit and proper. E a Cresap não analisou o nome proposto por Siza Vieira para chairman, a pedido do próprio ministro da Economia, tal como avançou o Jornal Económico (acesso pago), quer ter uma administração no banco promocional “à prova de bala”.

Entretanto, a equipa executiva já começou a trabalhar, tal como o ECO também já avançou.

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