BCE promete estímulos por mais tempo para puxar pela inflação na Zona Euro

Instituição comprometeu-se a manter estímulos à economia para suportar a subida dos preços na Zona Euro, mesmo que a taxa de inflação supere a meta dos 2%.

O Banco Central Europeu (BCE) anunciou esta quinta-feira que vai manter as taxas de juro em mínimos históricos por ainda mais tempo, decisão que visa apoiar a inflação na Zona Euro, mesmo que esteja acima da sua meta de 2%.

A autoridade liderada por Christine Lagarde adiantou que não deverá voltar a subir as taxas até ver atingido o seu objetivo para a subida dos preços “bem antes do fim do horizonte da projeção e de forma duradoura”.

Com esta decisão, o BCE procura moderar as expectativas em relação à primeira subida dos juros desde 2011, sinalizando que só o deverá fazer mais à frente, isto enquanto não antecipa que a inflação na Zona Euro atinja os 2% nos próximos dois anos, pelo menos, de acordo com as projeções do staff do banco central.

“O Conselho de Governadores espera que as taxas de juro diretoras se mantenham nos seus atuais níveis ou mais baixos até ver a inflação atingir os 2% “bem antes do fim do horizonte da projeção e de forma duradoura para o resto do horizonte da projeção e julgar que o progresso na inflação subjacente está suficientemente avançado para ser consistente com a estabilização da inflação em 2% no médio prazo “, apontou o BCE.

“Isto também poderá significar um período transitório durante o qual a inflação se situe moderadamente acima da meta”, acrescentou.

Na decisão desta quinta-feira, o Conselho de Governadores comprometeu-se a comprar 1,85 biliões de euros em títulos de dívida até março de 2022 no âmbito do seu Programa de Compras de Emergência Pandémica (PEPP), enquanto os juros diretores não sofreram alterações.

A principal taxa de refinanciamento mantém-se em zero, enquanto a taxa de depósitos continua em -0,50% e a taxa de juro aplicável à facilidade permanente de cedência de liquidez fica em 0,25%.

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