Já consultou a StayAway Covid hoje? App não abre em alguns iPhones

A aplicação portuguesa de rastreio à Covid-19 enfrenta um problema que está a impedir o acesso à mesma por parte de alguns utilizadores com iPhone.

Há um ano, era consultada “todas as manhãs” pelo primeiro-ministro. Meses depois, a aplicação de rastreio StayAway Covid era praticamente esquecida das campanhas de sensibilização para o controlo da Covid-19. Hoje, experiencia problemas técnicos nos iPhones.

A aplicação que o Governo chegou a querer tornar obrigatória está com um problema de compatibilidade em alguns dispositivos da Apple, que impede o acesso à mesma. No iOS 14.6, bem como no iOS 14.7 e 14.7.1 (a última versão do sistema operativo da marca, lançada há poucos dias), não é possível abrir a app de rastreio de potenciais contactos de risco.

O ECO confirmou a existência deste problema e, ao que foi possível apurar, o INESC TEC, o instituto privado que desenvolveu a solução, está já à espera que a Apple aprove uma atualização que corrija a situação. Não foi possível confirmar se o problema trava o funcionamento do rastreio em segundo plano, ou se o mesmo continua ativo independentemente de o ecrã principal do aplicativo estar inacessível.

Questionado acerca desta falha técnica, Rui Oliveira, administrador do INESC TEC, assegurou que o problema não afeta todos os telemóveis e explicou que não foi possível “identificar exatamente que configurações são sensíveis ao erro”. “Aguardamos revisão da Apple da nova versão”, avançou.

A StayAway Covid contou com o apoio e promoção do Governo. Mas, a 12 de maio, o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, admitiu numa conferência que a tecnologia de rastreio automático de contactos com base no Bluetooth não funcionou em Portugal.

A 24 de maio, Rui Oliveira disse ao ECO que o benefício efetivo de se ter a aplicação neste momento é “marginal”, pois muitos utilizadores acabaram por desinstalar a mesma nos últimos meses. Existirão cerca de 800 mil telemóveis com a StayAway ativa.

Este mês, o Expresso noticiou (acesso pago) que a aplicação já não recebe voluntariamente códigos que marcam os utilizadores como infetados desde 1 de maio. Sem códigos, a aplicação não é capaz de reconhecer contactos de risco e de alertar as pessoas para possíveis contactos de risco no contexto da pandemia.

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