Peritos propõem quatro níveis de desconfinamento, em função da evolução da vacinação

À luz da maior cobertura vacinal, os especialistas propõem quatro novos níveis de desconfinamento com medidas gerais para todo o território nacional e que assenta em três "regras fundamentais".

Os especialistas apresentaram esta terça-feira ao Governo um novo plano para prosseguir o desconfinamento, à luz da maior cobertura vacinal contra a Covid-19. Este plano divide-se em quatro níveis com medidas gerais para todo o território nacional e que assenta em três “regras fundamentais”.

Com seis pilares que vão desde a vacinação, à testagem, passando pelo uso de máscara, há três regras “fundamentais” que devem ser cumpridas para a passagem ao nível seguinte, são elas: “a ventilação e climatização adequada nos espaços fechados sempre, a utilização do certificado digital Covid nos espaços públicos e auto avaliação de risco”, apontou Raquel Duarte, pneumologista e ex-secretária de Estado, na reunião desta terça-feira, no auditório do Infarmed, em Lisboa.

Neste contexto, o plano assenta em quatro níveis, sendo que do nível 1 (onde o país se encontra) ao nível 3, os peritos propõe medidas de caráter geral, que passam pela “promoção de atividades retomas sempre que possível”, leia-se teletrabalho, pelo “cumprimento da distância física (com número de pessoas por metro quadrado), pela utilização obrigatória de mascara em ambientes fechados e em eventos de públicos” bem como por “evitar todas as situações não controladas de aglomeração populacional”.

Os especialistas apontam, assim, que as medidas gerais sejam sempre cumpridas, quer em ambiente escolar, quer a nível laboral (onde aconselham o desfasamento de horários e o teletrabalho), dando um especial enfoque na utilização de máscara obrigatória em espaços fechados “sempre que não seja possível manter a distância preconizada”.

Tal como no plano apresentado em final de maio, há algumas diretrizes para determinados setores ou atividades, dando primazia os espaços ao ar livre. No setor da restauração, os especialistas continuam a recomendar que haja limites à lotação de pessoas por mesa. Assim, entre o nível 1 e o nível 3 poderá haver entre 6 pessoas a 8 na mesma mesa no interior. Já no exterior, o nível 1 prevê 10 pessoas na mesma mesa, 15 pessoas no nível 2 e sem restrição de pessoas no nível 3.

Quanto às atividades desportivas e apesar de serem recomendadas as medidas gerais, “continua a haver uma proposta de promoção das atividades em ambiente exterior”, sublinha Raquel Duarte. No que toca aos grandes eventos em espaços limitados, devem existir “circuitos de circulação” e as pessoas devem respeitar os lugares definidos. Já no caso dos eventos exteriores em espaço não delimitado, se não for possível garantir estas condições “estes eventos não devem ocorrer entre o nível 1 e o nível 2”, ao passo que no nível 3 “aquilo que se propõe é que sejam cumpridas as medida gerais”, explica a antiga secretária de Estado.

Quanto aos grandes eventos interiores, como casamentos e batizados, também está previsto um aumento da lotação gradual, passando de 50%, a 75% até às medidas de caráter geral, no nível 3.

Apesar de os peritos continuarem a recomendar a utilização de máscara em ambientes fechados, o uso obrigatório de máscara ao ar livre poderá deixar de ser obrigatório no nível 2, sempre que o distanciamento seja mantido, pelo que nesses casos a máscara deve continuar a ser usada. Especificamente nas praias e parques de campismo, a máscara deverá ser mantida apenas em “locais comuns” e em que haja uma forte aglomeração de pessoas.

Por fim, no que toca aos transportes públicos, os peritos defendem que deve ser privilegiada a ventilação, sendo que se não for possível estes espaços devem recorrer à climatização natural (janelas) e a máscara deve continuar a ser obrigatória.

Segundo explicou Raquel Duarte, este plano foi elaborado com base na experiência de países como Reino Unido e Israel, sendo que a especialista alertou ainda que “importante ter controlo na mobilidade, fronteiras terrestres, marítimas e aéreas”.

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