GamaLife cresce 88% em produção e anuncia lucros no 1º semestre

  • ECO Seguros
  • 12 Agosto 2021

Com 269 milhões de euros de produção no 1º semestre, a companhia cresceu em quota, sobretudo em produtos 'unit linked'. Separação operacional do Novo Banco soma custos.

A GamaLife, seguradora que aproveita a rede de balcões do Novo Banco para a distribuição dos seus produtos Vida e poupança, encerrou o primeiro semestre de 2021 com uma produção total acumulada de 269 milhões de euros, o que representa uma subida de 88% face ao período homólogo. O crescimento é explicado “sobretudo, pela evolução da comercialização de produtos ligados a fundos de investimento”, também designados unit linked (produtos de capitalização e contratos de investimento).

“É um prazer anunciar que a GamaLife tem hoje uma posição financeira e comercial muito reforçada. A nossa parceria com o Novo Banco está a funcionar muito bem e os nossos colaboradores estão a fazer um tremendo esforço para apoiar os nossos clientes nestes tempos incertos, reforçando assim a nossa operação e fazendo da GamaLife uma empresa ágil e autónoma”, afirma Matteo Castelvetri, CEO da GamaLife.

A GamaLife manteve o 5º lugar no ranking das companhias que operam no ramo Vida Portugal, com uma quota de mercado de 7,9%, a companhia destaca os seguros ligados a fundos de investimento, em que triplicou a quota de mercado, passando de 3,8% para 11,4%. Segundo estatística da Autoridade Supervisão (ASF) relativa ao acumulado até maio, a GamaLife cresceu mais de 740% na produção de seguros de Vida ligados a fundos de investimento (também designados unit linked), com a produção a crescer (8x) de 21,33 milhões de euros, nos primeiros cinco meses de 2020, para cerca de 180 milhões de euros no final de maio passado. Em variação de quota, a GamaLife (+7,46 p.p. face a maio de 2020) só foi ultrapassada pela Fidelidade (+13,86 p.p.), que continuou a liderar o ranking com 21,91% do total da produção nos seguros ligados a fundos de investimento.

No semestre contado até junho, a GamaLife apresentou um resultado líquido de 35,7 milhões de euros, o que compara com 50,3 milhões de prejuízos contabilizados entre janeiro e junho de 2020. “Para este resultado verificaram-se, contudo, alguns fatores irrepetíveis. Em particular, o movimento registado nas provisões para compromissos de taxa (Liability Adequacy Test), que atingiram um valor positivo de 20 milhões entre janeiro e junho deste ano”, o que compara com um valor negativo de 37 milhões de euros no primeiro semestre de 2020.
Estas provisões, explica a companhia em comunicado, “dependem das taxas de juro das obrigações do Estado Português e, por isso, criam volatilidade nas contas da empresa. Apesar de terem uma reduzida relevância na operação, fluxo de caixa ou solvência da GamaLife, estas têm um impacto contabilístico importante”.

Durante os primeiros seis meses de 2021, a GamaLife continuou a investir na sua operação, “com o recrutamento de novos talentos, com a atualização dos sistemas de IT, e com as atividades relacionadas com a separação operacional do Novo Banco, o que resultou num aumento dos custos operacionais de 9%, para um total superior a 14 milhões de euros,” detalha a a informação semestral da seguradora.

No Relatório e Contas de 2020, a empresa já relatava que “os custos operacionais aumentaram 17,0% face ao ano anterior, como resultado das atividades relacionadas com a separação do Novo Banco e o relançamento das operações. Em particular, registou-se um aumento significativo de contratação de colaboradores e de custos informáticos”.

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