BCE mais confiante com retoma da Zona Euro. Economia cresce 5% este ano e regressa a nível pré-pandemia

Instituição vê atividade económica na zona da moeda única a regressar aos níveis pré-pandemia no final do ano. Já a inflação vai continuar abaixo dos 2% até 2023, pelo menos.

Com as campanhas de vacinação em fase avançada em muitos países, que permitiram abrir as economias, o Banco Central Europeu (BCE) vê a atividade económica na Zona Euro a regressar aos níveis pré-pandemia no final do ano. A instituição está mais otimista em relação à retoma, e antecipa um crescimento de 5% este ano, acima dos 4,6% que previa em junho.

A economia “deverá superar o nível da pré-pandemia até final do ano”, declarou Christine Lagarde esta quinta-feira em conferência de imprensa após a reunião do conselho de governadores ter decidido uma redução dos estímulos.

“Com mais de 70% dos adultos europeus totalmente vacinados, a economia já abriu em larga medida, permitindo que os consumidores gastem mais e as companhias aumentem a produção”, explicou a presidente da autoridade monetária, antes de destacar que a variante Delta pode atrasar a retoma que, ainda assim, vê com maior vigor do que há três meses.

Apesar de melhorar as perspetivas económicas para este ano, os anos seguintes mantêm basicamente as anteriores projeções: a Zona Euro cresce 4,6% em 2022 (ligeiramente abaixo dos 4,7% da anterior previsão) e cresce 2,1% em 2023 (em linha com os 2,1% previstos em junho).

Em relação à inflação, Lagarde avisou que os preços vão registar uma subida acentuada durante este outono, mas sublinhou que este pico é “temporário” devido a uma série de fatores, como a escassez de matérias-primas e disrupções da cadeia de fornecimentos, adiantando que vai continuar abaixo da meta de 2% a médio prazo.

Para este ano, a instituição projeta uma taxa de inflação de 2,2%, acima dos 1,9% que previa antes. Também reviu em alta a inflação para 2022 e 2023, para 1,7% e 1,5%, respetivamente.

“Resumindo, a economia da Zona Euro está claramente em recuperação. Contudo, a velocidade da retoma continua a depender do curso da pandemia e dos avanços na vacinação”, rematou Lagarde, assegurando que a subida da inflação é “largamente temporária” e que as medidas anunciadas pelo banco central irão recolocar a economia num caminho de recuperação sustentável e, “em último caso” puxar a inflação para o objetivo dos 2%.

O BCE anunciou esta quinta-feira que vai reduzir “moderadamente” o ritmo de compras de dívida no âmbito do seu programa de estímulos que lançou para responder à pandemia. Deverá passar a comprar entre 60 mil milhões a 70 mil milhões de euros por mês em títulos de dívida dos governos por mês, abaixo dos 80 mil milhões dos últimos dois trimestres, antecipam os analistas.

(Notícia atualizada às 14h36)

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